Os suzanenses se preparam para participar das eleições municipais em novembro. Os políticos trabalham para que suas campanhas atingiam bons resultados. Os partidos analisam os grandes desafios do atual cenário político e os jornalistas estão prestes a iniciar os debates políticos com os candidatos.
A Igreja Católica e outras denominações religiosas não querem ficar à margem da luta pela justiça e pela eleição de bons candidatos e procuram dar a sua contribuição para que o povo brasileiro possa participar conscientemente da campanha eleitoral e escolher bem os candidatos para os cargos do Executivo e do Legislativo em seus diversos níveis.
Mas antes de falar sobre as eleições, quero destacar a importância que têm o exercício da cidadania.
Tal exercício comporta não somente o dever de votar conscientemente, mas também, em função do bem comum, de acompanhar os projetos daqueles que assumem cargos públicos e políticos. Sem essa atitude por parte dos eleitores, muitos políticos podem sentir-se confortavelmente instalados visando somente a promoção de seus interesses particulares. É necessário ficar de olho nas candidaturas para não reeleger péssimos políticos, como também não votar em novos candidatos sem propostas claras, sérias e consistentes. Costuma-se dizer que o voto não tem preço, tem consequências. Por isso os critérios da escolha devem levar em consideração tanto a honestidade pessoal, quanto a competência administrativa voltada aos interesses da coletividade. Bons parlamentares e gestores públicos primam pelos compromissos honrados sempre em estreita ligação com as necessidades reais da população. Não basta, portanto, apenas votar, mas sim acompanhar, colaborar e cobrar ações efetivas dos eleitos, principalmente os compromissos assumidos em campanha. As eleições constituem um momento importante na vida da cidade e precisamos resgatar a seriedade deste exercício de cidadania, no sentido de aproveitá-lo para construir o bem comum em benefício de todos. Esta é a hora para fazer a história de um novo Brasil.
Sem dúvidas avançamos no caminho da construção democrática, mas as marcas de grupos que sempre dominaram a política nacional continuam a influenciar o rumo do País. Para eliminar as oligarquias, as bancadas políticas, é necessário ter bons partidos. Sem o apoio de um partido bem credenciado e consolidado por uma política transparente, correta e programática, o candidato estará trabalhando por própria conta sem uma ação política verdadeiramente estratégica. No entanto, pelo fato de a maioria dos brasileiros fazer uma avalição negativa dos partidos políticos, se posicionando, sobretudo nestes últimos tempos, apenas em dizer: eu apoio a direita ou eu apoio a esquerda, é comum que escolham homens que cairão no populismo sem a contrapartida do diálogo a ser feito no partido. Isso enfraquece não somente a ação política dos candidatos, como lhes permite realizar constantes trocas de siglas. Isso é ruim para o crescimento social do Brasil, enquanto, somente a força política de um partido forte e majoritário pode sustentar o sistema político do presidencialismo e pode permitir o avanço na solução dos problemas sociais que afligem o País.