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Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
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Coluna

As Forças Expedicionárias Brasileiras na Itália e a derrubada do Fascismo e do Nazismo

04 junho 2020 - 23h59
Após se libertar do Fascismo e do Nazismo, com a intervenção das Forças Aliadas Americanas e das Forças Expedicionárias Brasileiras, a Itália tomou um novo rumo.
A Península italiana vivia com um sistema monárquico parlamentarista, e com a caída do fascismo e do nazismo em 1945 estava diante de uma tríplice opção de escolha.
Havia italianos que apoiavam o sistema monárquico parlamentarista, e nesse sistema alguns estavam a favor do parlamento comandado pelo fascista Benito Mussolini, Primeiro Ministro indicado para dirigir o parlamento pelo rei Vitor Emanuel III e apoiado por parlamentares e cidadãos fascistas. Outros ao perceber o ideal totalitário incorporado nos discursos, ações e agenda política do Primeiro Ministro que governava com poderes absolutos, silenciando com a força as vozes opositoras, estavam a favor da Monarquia parlamentarista, mas sem Mussolini e os fascistas no Governo.
A situação se agravou com o início da guerrilha entre os apoiadores do governo fascista e opositores.
A escolha do símbolo do feixe se deu em referência aos feixes coletados no campo de trigo e ao trabalho dos agricultores, por isso os apoiadores do Governo comandado por Mussolini passaram a se chamar fascistas. Com este símbolo parecia que o governo estivesse a favor dos agricultores e de uma grande Reforma Agrária no Sul da Itália.
Na verdade, o governo fascista ofereceu terras e pequenas habitações no campo aos agricultores, mas não completou o programa com outros serviços básicos e as terras e casas foram abandonadas.
A guerrilha entre opositores e apoiadores foi sangrenta.
Havia a esperança de que o governo fascista seria derrubado contando apenas com a luta dos opositores. Houve, porém, a morte de muitos deles, assassinados pelas forças militares do governo fascista e nazista.
A Itália mergulhou no caos, até 1944 quando houve a intervenção das Forças Aliadas Americanas com a participação de muitos soldados brasileiros. O dia 25 de abril de 1945 marcou a vitória da Forças Aliadas Americanas e das Forças Expedicionárias Brasileiras e a derrubada do fascismo e do nazismo na Itália.
No dia 2 de junho de 1946, a maioria dos italianos votou contra a Monarquia, também pelo fato de o rei não ter sido capaz de tirar Mussolini do Governo. Votaram a favor de uma Itália republicana parlamentarista e também não foram favoráveis a uma república presidencialista.
O presidencialismo é oportuno quando no país existem apenas dois partidos e um deles colaborará com o presidente para governar o país.
No Brasil com mais de 30 partidos o presidente acaba sendo adepto ao toma lá, dá cá. Esbarramos numa problemática muito pouco compreendida na sociedade contemporânea tão orgulhosa de suas conquistas tecnológicas. Isto é, a problemática da distinção entre democracia a serviço do povo e democracia a serviço dos interesses próprios e de partido ou de princípios que brotam de um psicologismo que tenta seduzir o povo a se submeter à política populista ou à alienada e endeusada política do toma lá, dá cá. Os mais convencidos dessa política mergulham como cegos nela, até aceitar o barulho, a violência nas praças e ruas e talvez, entregues também à loucura.
A democracia é um bem precioso e fundamental numa sociedade livre e justa, mas está intimamente ligada ao crescimento humano, moral e social do povo.