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Jornal Diário de Suzano - 19/04/2024
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Coluna

Ganhos e perdas no dia a dia da vida

02 abril 2021 - 05h00
Acho fundamental dizer que na vida há ganhos e perdas. Também na família, nas empresas, nos negócios, há ganhos e perdas. A rotina do dia a dia pode causar estragos, mas também boas novidades.
O ser humano reconhece a sua finitude e a sua pequenez e pode experimentar muitas derrotas, mas também, pode superar e vencer suas fraquezas e alcançar belas vitórias.
Devemos, sim, reconhecer os limites humanos, a tendência de cometer erros, deslizes, falhas e a incapacidade de sermos perfeitos.
No entanto, não podemos dizer ser impossível ganhar a cada dia algo que diz respeito à moralidade, à boa conduta, ao bom desempenho familiar, social, cultural e religioso e que somente erros e perdas estão vinculados à nossa existência. Não!
É necessário reconhecer que não serão os limites humanos a nos impedirem de alcançarmos novos ganhos, necessários à saúde do corpo e do espírito, como um bom emprego, uma melhor remuneração, um melhor relacionamento com as pessoas, agir com bondade, com justiça. Esses são os verdadeiros ganhos que nos tornam vencedores e felizes.
Há ganhos imperecíveis e que permanecem pela eternidade e ganhos passageiros, transitórios e perecíveis que conseguimos curtir por pouco tempo. Cabe a cada um de nós abraçar e juntar ganhos imperecíveis.
Em Cristo, que neste dia dá todo o sentido à Sexta-Feira Santa, por estarmos celebrando a sua Paixão e Morte, resplandece o modelo para os que querem ser os verdadeiros ganhadores na vida do dia a dia.
Ele se deparou com as perdas, as derrotas e os estragos cometidos pelos seus conterrâneos e antes que estas situações se tornassem uma máquina mortífera, com a perda da dignidade, da honra, da honestidade e da vida, ofereceu a capacidade de viver maximizando as oportunidades para vencer e ganhar novo alento, novo espírito, nova vida e novas vitórias.
Estamos assistindo a tantas perdas de entes queridos, em Suzano, na Região do Alto Tietê, no Brasil e no mundo. Tristeza, dor, luto, solidão, parecem compor o cenário desse momento. Cristo também, sofreu perdas e derrotas. Perdeu o apoio dos discípulos, do povo, dos dirigentes das Sinagogas e do Templo, foi traído, abandonado, negado, perdeu a sua vida e foi considerado um derrotado.
Todos os esforços feitos para mudar a postura das pessoas e dos que o seguiam, pareciam terem sido inúteis e infrutuosos. Tristeza, dor e solidão acompanharam os últimos momentos da vida de Cristo. A imagem da escuridão que caiu sobre toda a terra, está se repetindo nos dias de hoje ao ver a pandemia se expandir sobre o mundo inteiro. Mas, não é o fim. Logo chegará o abraço bem-aventurado entre as pessoas, familiares e amigos. A imagem poética do anjo perto do túmulo onde Jesus tinha sido sepultado, mostrou a Maria Madalena e às outras duas mulheres, Maria, mãe de Thiago e Salomé, que não seria mais necessário completar a sepultura de Jesus com o ritual fúnebre da limpeza do corpo ensanguentado, porque Cristo ressuscitou. Ele está vivo. Chegou o momento para celebrar a Páscoa e o triunfo da vida e veremos os vultos e rostos irreconhecíveis de hoje, se transformarem em gente e as pessoas voltarão a nos abraçar novamente de braços abertos, com um enorme sorriso no rosto