Voltando da Arena Suzano, onde tomei a primeira dose da vacina, conforme a faixa etária dos 70 anos para cima, me deparei, percorrendo as ruas de Jd. Imperador, com o prédio do Colégio Objetivo e senti a saudade dos encontros que tive com o diretor Dervile Ariza ao longo de vários anos. Decidi entrar na secretaria e manifestei a Marcos o desejo de conversar com Dervile que, de algum tempo para cá, está ficando em casa à causa da pandemia. Feita a ligação, o diretor logo atendeu. Gratidão pela memória da nossa amizade que não se perdeu. Tivemos uma conversa que não acontecia há alguns anos, quando o visitava no Colégio, apreciando a bem sucedida liderança que ele tinha diante dos alunos e do corpo docente, lutando sempre por uma causa maior, a do saber e dos ser. Curtimos a alegria do reencontro, mesmo se foi à distância e telefonicamente. Na conversa, o timbro da sua voz era bom, alto e forte. Muito agradável o seu convite de ir na sua casa em São Paulo para conversar e deixar o papo rolar, tomando um cafezinho. Por enquanto, não dá para realizar esta visita, pois esse período é para ficar em casa. Não sei quando Dervile voltará ao Colégio. Com certeza, continuará em acompanhar com estratégia, foco e liderança e com a filha Ana que está à frente da direção do Colégio, o retorno dos alunos e leva-los a percorrer um caminho ainda melhor. Ajuntará fé e sabedoria, seguindo um rumo académico, carregado de luzes, vitórias, emoções e conquistas.
Como não lembrar a sua devoção à Santa Catarina da Sena? Era tão forte, que o parto de uma sua netinha, aconteceu no Hospital Santa Catarina e teve a alegria de chamar a recém- nascida, de Catarina. Naquela ocasião, há 14 anos, se consultou comigo para conhecer a história da Santa italiana, padroeira com São Francisco da Itália. Dervile está casado com Marly Nannini, parceira importante em casa e na escola, pela presença e pela visão feminina da cultura, da sociedade e do mundo. Paixão pela família, pela escola e pelos cavalos. Por muitos anos, praticou o hipismo, participando de corridas e vivendo uma familiaridade com Chocolate, o cavalo que ele montava e que lhe rendeu muitos prémios e o título de vice-campeão do Brasil. Com o seu fiel amigo equino, Dervile coordenava e buscava equilíbrio e harmonia de movimentos para competir com mais profissionalismo.
O homenageado dessa minha matéria viveu fielmente a sua vocação de professor, desde o ano de 1973, dando aula em Ribeirão Preto com os colegas Pozini, Jorge, Kobayashi, professores de português, geografia e trigonometria preparando os alunos a entrar na Universidade.
O dentista suzanense, Dr. João de Almeida era um dos alunos que frequentava o Curso Objetivo. Ele viajava da cidadezinha Terra Roxa para Ribeirão Preto com o amigo Samir Assad Nasbine, que se tornou médico e prefeito de Terra Roxa durante 7 mandatos. Este período constitui apenas uma parte mínima do perfil histórico e profissional de Dervile. A instalação do Colégio Objetivo em Suzano em 1989 e os resultados obtidos no acesso dos alunos às Universidades públicas constituem o deleite da existência do professor e diretor Dervile que, com a esposa e com as filhas Ana e Lilian, está decidido a ir adiante na tarefa de irradiar luz e vida no território sagrado do Colégio Objetivo, juntamente a todo o corpo docente.