Norberto Spaolonzi e José Rachid (Zico) terminaram há poucos dias a existência terrena.
Suzanenses de longa data, tiveram uma trajetória profissional bem sucedida. A cidade ficou um pouco mais silenciosa com a perda de dois pioneiros.
O voo deles para o céu foi acompanhado com a melodia de cantos celestes.
Para consolar dona Cecilia, esposa de Zico e sobretudo a Rita, filha de Norberto e esposa do dr. Vito Zuppo, é preciso dizer que as pessoas não morrem, mas ficam encantadas e iluminadas pela luz divina. Deus quer tê-los perto dos santos e dos eleitos.
Norberto Spaolonzi era muito conhecido em Suzano por ter exercido a função de Oficial de Justiça ao longo de quase 50 anos.
Era casado com Quitéria Marques Carvalho, já falecida, e era irmão de Angela Spaolonzi que na juventude ingressou na Congregação das Irmãs Felicianas. Estas trabalharam em Suzano, na Paróquia de São Sebastião, como catequistas, professoras e enfermeiras.
Hoje a Irmã Angela Spaolonzi mora no Paraná, na Comunidade das Irmãs Felicianas.
Norberto é lembrado pelos cidadãos mais antigos de Suzano, como um homem culto, estudado e ótimo profissional. Exercia a sua profissão cumprindo com diligência seu ofício. Aposentado, o encontrei várias vezes andando ou saindo com a sua esposa de algum restaurante da cidade, se mostrando um casal com um relacionamento bem vivido. Com certeza era um sonhador de um mundo mais justo. Um homem honrado pela família e pelo povo suzanense.
Com a sua esposa Dona Quitéria, antiga professora de Suzano, o casal parecia viver, após o casamento dos filhos Norberto e Rita, num universo próprio, numa espécie de silêncio cotidiano, interrompido, às vezes, pela presença de suas netinhas.
A família Spaolonzi e a família Marques Carvalho marcaram a história de Suzano.
Zico Rachid era filho de José Jorge Rachid e sobrinho de Abdo Rachid, o primeiro Prefeito de Suzano.
Zico sempre se mostrou ser de bom humor e de uma conversa carregada de muitas perguntas e questionamentos, calejado pela convivência com o povo suzanense e com o crescimento da cidade.
Foi um pintor, não de telas e quadros artísticos, mas com a inspiração para pintar as paredes das casas que espelhavam a alma de um artista.
Aposentado, saia de casa sozinho, de manhã ou à tarde, e várias vezes o encontrei
andando com uma postura ereta e correta.
Ao me avistar, começava a dizer algo sobre o que eu tinha publicado no Diário de Suzano, ou discorria a falar sobre o passado da cidade e da Igreja de São Sebastião.
A caminhada da grande família Rachid, contribuiu muito para a história de Suzano.