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Jornal Diário de Suzano - 24/04/2024
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Coluna

Símbolos e ritos no dia dos Finados

05 novembro 2021 - 05h00

No dia 2 de novembro numerosas foram as famílias que visitaram nos cemitérios da cidade os túmulos de seus entes queridos, para depositar flores, acender velas e versar talvez algumas lágrimas sentindo saudade dos que já se foram.Não podemos fazer nada diante da morte a não ser rezar e olhar para o Homem Ressuscitado que venceu a morte e prometeu a todos a vida eterna. Será que a morte deixará de ser o repugnante tabu para podê-la carregar no nosso peito, mesmo que estejamos ainda vivos?
Escutemos o que nos diz o Ressuscitado: " Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá e todo aquele que vive e crê em mim não morrerá para sempre e eu o ressuscitarei para a vida eterna" (João 11, 25.)
A morte é divinamente transformada em vida. Nada pode sufocar a vida. Ela é eterna. A vitória será sempre da vida.
O homem ressuscita, livre dos laços da morte, vencedor e fazendo do ponto final um momento bendito e pascal, porque ele, enquanto filho de Deus, voa nos braços do Pai do Céu. 
Tudo é certeza, promessa, surpresa e encanto. Os anjos e os santos auxiliam os nossos falecidos a familiarizar-se com a nova vida, passeando sorridentes pelo paraíso, feito jardim celeste que guarda milhões e milhões de sementes, prontas para florir. É só esperar para ver a flor brotar para uma vida nova.
Se quisermos, podemos chorar sim, porém, não por eles, mas por nós, pela nossa tolice e incredulidade, pela escuridão na qual vivemos e pelo tempo jogado fora inutilmente, pela intolerância e falta de diálogo.
Ao visitar os túmulos levando flores e muita saudade, não nos esqueçamos de deixar entrar no nosso coração a luz divina, a luz da ressurreição.
Claro que a cultura que quer iluminar o mundo a respeito de qualquer assunto de importância ou valor, não oferece elementos que dizem respeito ao estado de vida depois da morte, ou à imortalidade da alma e à nossa união ao Cristo glorioso.
As informações e os conhecimento científicos, tecnológicos e filosóficos mudam muito pouco o mundo para valer. Precisa encarar também a vida do espírito e se apegar às realidades divinas, a algo que satisfaz o desejo de ter uma vida plena e feliz.
Sabemos que a alma fica sem corpo e sem carne, mas o Senhor a revestirá de um corpo novo, celeste, incorruptível, tanto que como Jó podemos exclamar: "Creio que meu redentor vive e que no último dia ressurgirei da terra e serei novamente revestido da minha pele e na minha própria carne verei a Deus". Que seja esta a esperança colocada em nossos corações.
Lá dentro da alma, livre e serena, continuarão a viver as recordações daqueles que se foram e que nos ajudaram na travessia terrestre e fizeram de tudo para nos ajudar a vencer todas as dificuldades.
E lá no céu com muito jeito viveremos felizes para sempre.
No meu modo de pensar, a melhor coisa seria ter fé, sem pensar, claro que tem que ficar trancado numa Igreja o tempo todo. Deixemo-nos conduzir pela fé e o poder de Deus quebrará o silêncio da morte.