A Italianidade em Suzano é numerosa e bastante presente na vida da cidade. Por isso um grupo de italianos e seus descendentes vêm celebrando a cada ano, no primeiro domingo de junho o Dia da Comunidade Italiana. Não foi diferente também este ano, quando Pe. Cármine no dia 6 de junho acolheu, no início da celebração de Ação de Graças, as bandeiras do Brasil e da Itália, trazidas, e colocadas à vista de todo o povo reunido na Igreja Matriz de São Sebastião, pelo casal Marilda e Irineu Renzi, descendentes de imigrantes italianos.
O Brasil de modo geral e em especial o Estado de São Paulo devem muito aos imigrantes italianos. Em qualquer campo, seja na atividade social, comercial, cultural ou científica, sempre houve e haverá um italiano que se destaca.
Um estudo sobre a expansão da comunidade ítalo-brasileira em Suzano não é fácil, porque ela vive integrada completamente na realidade sócio-político e cultural do Brasil. Mas o esforço é aglutinar sempre mais a coletividade ítalo-brasileira residente em Suzano em outras atividades, pois no momento há apenas uma página no facebook, atualizadas todos os dias com dizeres, cantos, músicas, folclore e culinária da Itália.
Há vários descendentes que se desdobram para introduzir a cada dia fatos, fotos e outras novidades italianas. A iniciativa partiu de Hamilton Cicone filho do imigrante italiano Osvaldo Cicone que chegou ao Brasil em 1890 com outros 3 irmãos e com os pais Angelo Cicone e Annantonia Pansa Cicone. Hoje Hamilton e a sua esposa Rita estão felizes por ter conhecido na Itália a cidadezinha de Pettorano, onde nasceram o pai e os avós. e a cidadezinha da Calábria onde a mãe dona Mafalda , falecida há pouco tempo, viveu durante 20 anos.
O projeto da comemoração iniciou em 2000 quando a família Marcolongo conseguiu por meio do ex vereador Walter Roberto Bio a aprovação na Câmara Municipal e a promulgação da Lei nº 3623/02 assinada pelo então Prefeito Dr. Estevam Galvão de Oliveira.
Os descendentes que constituem a comunidade ítalo-brasileira de Suzano sabem da importância de preservar a história de seus antepassados que deixaram a Itália para vir ao Brasil. Porém, há netos e até filhos de imigrantes que estão abandonando a memória de seus ascendentes, não conhecem a biografia deles nem reconhecem em si as semelhanças genéticas e físicas de seus antepassados. O Dia da Comunidade Italiana tem como objetivo resgatar a cultura italiana e trazer à luz memórias e lembranças dos imigrantes para a conservação da história da família. História simples, rústica, pobre, que começou quando os italianos deixaram a Itália à procura de novas terras onde condições mais propícias facilitariam uma quantidade maior de meios de subsistência.
Na Europa após o sec. XVIII a vida e o desenvolvimento das potências europeias não pareciam mais possíveis sem as riquezas das outras partes do mundo. Iniciou-se assim o processo das colonizações e em seguida o das migrações. Emigraram sobretudo os trabalhadores do campo que deixavam o País para o ultramar, na perspectiva de nova vida.
O tempo passou. Mas nada impede que o presente e o futuro reconheçam os traços principais daqueles que nestas terras viveram como imigrantes, plantando e trabalhando com suor e fadiga para construir uma nova história de amor, de vida e liberdade.