Todos os anos, no último domingo de setembro, a Igrejinha localizada no vilarejo do Baruel acolhe os devotos de Nossa Sra. da Piedade.
A devoção é muito antiga. Começou em 1700 quando foi construída a capelinha, reformada em 1916. Os moradores do vilarejo sempre receberam a assistência religiosa dos Padres que há quase um ano celebram a Missa todos os domingos. A festa sempre teve a participação da Prefeitura e sobretudo da família Bianchi que começou a sua história com a chegada ao Brasil de Roberto Bianchi em 1893. Até hoje vem se destacando na organização da festa dona Maura, cujo marido sr. Rubens é neto do Roberto e filho de Maria José Bianchi. Muito disponível se mostrou Dom Pedro Luiz Stringhiini, desde que assumiu a Diocese, em presidir, no dia da festa, a celebração da Santa Missa a ser realizada este ano no dia 24 de setembro. É de esperar que os imigrantes italianos residentes em Suzano (atualmente em número de 15) e seus descendentes (passam dos 40.000) já com cidadania italiana ou sem, prestigiem a festa que por natureza simbólica mexe com a marca e a tradição italiana.
Reforça a influência italiana na festa, a presença de Dom Pedro Luiz, descendente da família italiana dos Stringhini, pois, seu bisavô, Domizio Romeo Stringhini em 1887, veio para o Brasil (em Laranjal Paulista-SP) com 17 anos.
No meu caso, por seu italiano, não vai faltar o espaço para fazer algo em prol da festa.
Vou conversar com os organizadores da festa, dona Maura, coordenadora geral com Pe. Ademir, Rosana Coordenadora do salão e do café a ser distribuído aos peregrinos e Silvia, coordenadora da caminhada de Suzano até o Baruel, para que deem uma tonalidade mais italiana à festa, decorando os ambientes e as barracas com as cores da bandeira italiana, animando a festa com música italiana.
Me proponho também em publicar tudo o que, ao longo de tantos anos escrevi sobre a simplicidade rústica da Igrejinha do Baruel e sobre as tantas iniciativas que abrilhantaram a vida da comunidade italiana em Suzano.
Muitos suzanenses conhecem a história e sabem como nasceu a Igrejinha no pequeno povoado, habitado desde o ano de 1570 por índios e onde, em seguida, instalaram-se aventureiros em busca de ouro. Entre eles, o inglês chamado Barewel que chegou ao Brasil em 1591 e após seu casamento, foi residir com seus filhos no vilarejo hoje chamado com o nome de Baruel.
Em 1893, com 13 anos de idade, veio ao Brasil Roberto Bianchi, nascido na Itália. Do seu casamento com Ernestina de Jesus, mulher índia, nasceram 11 filhos: Felício, Benedita, Antônia, Silvano, Albertina, Olivia, Maria José, Rosina, Dolores, Maria Amélia, José Roberto. Toda a grande família viveu por mais de uma década no vilarejo do Baruel até se transferir na cidadezinha suzanense.
A todos os membros da família Bianchi, vai infinita gratidão da parte da Igreja e da sociedade suzanense, pois não houve quem amasse tanto aquele bairro e aquela Capelinha como os Bianchi, que continuarão vivendo e celebrando a fé e a devoção à Nossa Sra. da Piedade.