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Jornal Diário de Suzano - 23/04/2024
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Coluna

Antigos hábitos

10 dezembro 2018 - 22h59
Algumas coisas que aprendemos desde a infância levamos para nossa vida toda, fazendo daquilo um hábito e por esse motivo sempre dizemos que a educação vem de berço, afinal nos foi ensinado por nossos pais.
Acabamos levando esse aprendizado para nossa vida, para a educação que damos aos nossos filhos e, até mesmo para sobrinhos, pois, atualmente convivemos muito mais com a família do que em outros tempos, que a convivência era por meio de visitas esporádicas e de cortesia.
Um dos ensinamentos básicos nas famílias é aquele que devemos tirar o chapéu quando entramos na casa de alguém, na igreja e quando vamos comer era a maneira de demonstrar respeito pelas pessoas, pelos alimentos e, muitos de nós passou isso para seus filhos e, atualmente com o uso de bonés de todos os tipos e cores e para todas as idades, entendemos que essa é uma prática que deveria ser presente em todos os ambientes, entretanto, se olharmos com um pouco de atenção percebemos que as pessoas nos restaurantes sentam-se para se alimentar, mas, sequer tiram os bonés da cabeça, assim como não tiram quando entram na casa de alguém ou quando cumprimentam, hábitos que faziam parte de nosso cotidiano em outros tempos.
Falar e mastigar simultaneamente, outro ensinamento básico de nossos pais, mascar chicletes abrindo a boca frequentemente enquanto passa a borracha colorida de um lado para outro da boca... Coisas simples e comuns de vermos hoje, mas que era motivo para solenes advertências materna e paterna...
Cabelos longos careciam de atenção quando nos aproximávamos das pessoas, afinal, não é nada agradável cumprimentar mais proximamente alguém e o cabelo bater no rosto ou colar nos lábios dos outros, é bastante deselegante e pouco higiênico, mas tornou-se comum ver longos cabelos soltos, esvoaçando quando se cumprimentam e pior, quando se servem em restaurantes e, ainda passam as mãos pela cabeleira enquanto colocam comida em seus pratos, arriscando que fios caiam sobre os alimentos ali expostos. 
Dar passagem, pedir licença, responder aos cumprimentos, falar em tom moderado quando em local público, para não atrapalhar as demais pessoas que ali estão não usar palavrões como se fosse natural para todos, comer balas, lanches ou sorvetes e jogar suas embalagens, não importa o tamanho, na rua, sem se preocupar com quem vai juntar e o que é bem pior, jogar embalagens e latas de bebidas pela janela do veículo em movimento, consciente de que isso pode ocasionar um acidente para o condutor do veículo que segue logo atrás e pode ser atingido...
Esses eram ensinamentos básicos que nos acompanhavam desde a infância em nossas casas e, podia ser cobrado por qualquer um dos parentes mais velhos, sem que coubesse nenhuma reclamação... Não conhecíamos o mimimi...
Som e conversa fora do tom em horários noturnos também não era permitido por nossos pais, mas hoje, convivemos com vizinhos que fazem suas reuniões familiares que varam a noite, incomodando todos os demais moradores da rua, sem se preocupar com o descanso alheio...
Será que só os mais velhos sentem-se incomodados ou esses hábitos são mesmo saudáveis e interessantes para todos...
Lorena Burger de Freitas Alves dos Santos - Advogada