Acho fundamental dizer que ninguém alcança belas vitórias, sem carregar antes uma ou mais cruzes. Não existe voo altaneiro de verdade se não houver coragem, ousadia, superação e sacrifício.
No cristianismo, a cruz tornou-se o símbolo do sofrimento, da agonia e da morte de Cristo, condenado a morrer na cruz. A cruz é um dos símbolos mais importantes do Cristianismo, porque a morte de Jesus na cruz e a sua ressurreição possibilitaram a chegada de novos tempos para toda a humanidade.
Ninguém vive ou consegue vencer sem ter passado pela cruz. Ela existe, mas não é mortífera e não causa estrago, precisamos dela para ultrapassar o limite da nossa resistência, diante de uma dor, humilhação, fracasso, derrota ou opressão.
Diante dos nossos limites, digamos materiais e humanos, abre-se o caminho para a comunicabilidade mais profunda e sincera com o divino, que nos prepara novos tempos e novas oportunidades.
Toda a humanidade vive sob o peso da cruz. Há quem sofre pela falta da liberdade ou pela escravidão, pela exploração, pelas consequências da guerra, da intolerância, do autoritarismo, do racismo ou pelo descaso dos órgãos administrativos.
As cruzes dos suzanenses, como também de tantos outros brasileiros e cidadãos do mundo, estão ligadas à gestão nem sempre eficaz dos governos, que não são capazes de levar adiante as políticas públicas. Não conseguem eliminar a desigualdade social, a poluição no centro e nas periferias, o desemprego, o atraso nas obras públicas, a violência nas ruas e o mal uso do dinheiro público.
Afinal, o poder público não pode crucificar seus cidadãos, deixando alguns ficarem o dia inteiro na rua, outros sem medicamentos, sem saneamento, sem água tratada ou vivendo como mendigos.
Que a Páscoa e o Aniversário de Suzano, marquem o início de novos tempos. Mostrando que verdadeiramente as pessoas merecem viver uma vida mais saudável e próspera, com uma cultura e uma educação voltadas para a paz, a igualdade, a justiça, a honestidade e o respeito.
Nenhuma sombra poderia mais ofuscar a luz que brilhava nos olhos do Ressuscitado e dos eleitos.
O fracasso espetacular da sua missão que o tornou irreconhecível na escuridão daquela sexta feira da paixão, deixando os apóstolos com medo e com vergonha, foi apagado pelo triunfo e pela glória que recebeu do Pai Celeste.