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Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
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Coluna

As novas famílias

15 abril 2019 - 23h59
É comum nas reuniões familiares recebermos as namoradas e os namorados de nossos filhos e sobrinhos, até mesmo os filhos de primos que nos são próximos e então observamos as mudanças que acontecem no visual desse pessoal mais jovem e os comparamos, até mesmo sem querer com o nosso naquela mesma idade.
Percebemos que nossa liberdade era bem delimitada, podíamos muita coisa, desde que observássemos os limites impostos pelos nossos pais, fosse na maneira de falar, de trajar, nossos cortes de cabelos, que mesmo moderninhos seguiam padrões estéticos e eram disciplinados.
As moças precisavam chegar à idade adulta para fazer uso de maquiagem ou mesmo de um simples batom. Fumar e beber na frente dos pais era uma coisa na maioria das vezes inconcebível.
Percebemos os olhares de inconformismo dos mais velhos que convivem conosco e observam com certo descontentamento a presença de jovens de cabelos coloridos, com cortes desalinhados, fazendo uso de pintura excessiva que para eles é natural, e os piercings que atravessam orelhas, nariz e lábios, quando não estão na língua ou outros lugares que para eles parece inconcebível.
Como no nosso tempo, lançam olhares severos, que hoje não surtem nenhum efeito, pois, esses jovens nem mesmo prestam atenção aos olhares críticos de quem quer que seja tão acostumados que estão com os olhares enviesados das pessoas para com seu visual, seu linguajar ou sua maneira de se comportar.
Então, lançam sobre nós seus olhares, como a nos determinar que é tempo de tomarmos providências e fazê-los entender que não se encontram nos padrões definidos em outros tempos.
Com paciência vamos conversando com nossos pais, tios e avós e vamos mostrando que os tempos são outros e que a liberdade é irrestrita, os jovens fazem do seu corpo e da maneira de viver o que bem entendem, sem se preocupar se vamos ou não gostar, o que importa para eles é que ao olharem no espelho o que visualizam os agrada e pronto... Simples assim...
De início fomos vendo essa mudança de comportamento nas famílias de amigos e conhecidos e com o passar do tempo essas atitudes também foram chegando devagar aos mais próximos de nós e, com algum diálogo fomos tentando fazer ver aos nossos filhos que não gostaríamos de ver essas mudanças de comportamento os atingir e, por algum tempo acreditamos que tínhamos as rédeas e a direção sobre controle...
Entretanto, ao atingirem a maioridade foram nos mostrando que decidiam o que era melhor para eles, no visual, nos caminhos profissionais a seguir, na vida pessoal e amorosa... Aí também, tomávamos consciência que lá em outros tempos, quando mais jovens, também, mesmo respeitando os preceitos familiares e obedecendo as regras impostas, tomamos a direção de nossas vidas e as conduzimos da forma que acreditamos ter sido a melhor para nós.
Muitas vezes desagradamos nossos pais com nossas escolhas, apesar de manter a aparência física como eles nos ensinaram, demos rumos diferentes ao nosso viver. O tempo por vezes nos mostrou que estávamos certos ou que erramos e, vemos que o mesmo hoje sucede com nossa nova geração. A vida e o tempo há de mostrar o melhor caminho...