terça 23 de abril de 2024Logo Rede DS Comunicação

Assine o Jornal impresso + Digital por menos de R$ 34,90 por mês, no plano anual.

Ler JornalAssine
Jornal Diário de Suzano - 23/04/2024
Envie seu vídeo(11) 4745-6900
Coluna

Calor, mas que Calor!

18 janeiro 2019 - 22h59
Sempre soube que paulista não aguenta mais de 30º C. E tenho visto o povo se apavorar com o que está acontecendo. Já tentaram me convencer que isso é apenas uma situação passageira, que o “aquecimento global” não existe, mas a gente pode ficar de orelha em pé. Meu cãozinho está assim, de orelha em pé, abatido. Adorou quando pusemos agua gelada no seu pote de beber. Os animais precisam muito da nossa atenção. Cuidados.
Podemos ver efeitos graves do Verão. Há ainda muita gente que joga muito lixo nos bueiros d’água que entopem. As prefeituras pouco fazem para limpar isso. Pouco fazemos nós para impedir ou denunciar quem faz esse mal. E na primeira chuva mais forte, tudo entupido faz com que as inundações aconteçam, uma após outra. E no nosso Verão acompanhando o calor intenso temos as chuvas torrenciais, ainda que mais rápidas. 
Recebi esta semana dois vídeos no meu Face que me incomodaram. Num, uma senhora, talvez uma comerciante, varria, a calçada de sua loja. A calçada estava bem suja, cheia de restos de papel e de pacotes. Ela recolheu todo o material e enfiou no bueiro da rua. Muita gente via ela fazendo isso. Ninguém a impediu nem a questionou. Se a loja dela inundar na próxima chuva, que pena! 
Um outro vídeo mostrava a cena de uma mulher que caminhava numa calçada, sem ninguém por perto, e se dirige a uma árvore pequena, com caule não mais grosso que um cabo de vassoura, e o quebra. Havia mais um galho erguido, que ela quebra também. Depois vai embora. Certamente que ela não pensou que aquela árvore que lhe “incomodava” por alguma razão, poderia ajudar a ter um Verão mais ameno no seu bairro. 
Já plantei muitas árvores na vida. E continuo a fazer isso sempre que posso. Já pedi, já implorei, já reclamei, que plantássemos mais árvores nas ruas da minha Cidade, como em todas as cidades. Com pouco sucesso, devo reconhecer. Por isso coloquei também no meu Face uma nota, com orientações ilustradas, sobre o plantio de muitas árvores com raízes mais verticais, que não afetam as calçadas. A minha Cidade surgiu num cerrado, à beira da Serra do Mar, no Vale do rio Tietê. O que mais combina com esse tipo de região são as árvores como os ipês, jacarandá mimoso e quaresmeiras, e, como gosto, das cassias, por exemplo. São arvores encantadoras, com floradas. E sem destruir os caminhos. Ficam lindas, especialmente nas ruas centrais de uma cidade. Mais sombra, mais refrescante ou menos colorento. E, claro, nos garante um ambiente mais saudável.
Verdade, aqui em São Paulo estamos exatamente sobre o Trópico. Uma marca limite do Equador, o meio do Planeta. Mais ao Sul, no espaço Sub-Tropical, estamos em situação mais contraditória nos tempos por nós vividos. Por “El Niño”, e outros eventos semelhantes, podemos ter calor quando não seria o tempo, ou o inverso. Mas a antiga “São Paulo da Garoa” já não temos mais. Poluição e outras intervenções nefastas permitem que essa expressão de uma época, não se manifeste mais.
E vamos nos oferecendo ao ar-condicionado. E descuidados também vamos fragilizando a garganta e outras áreas pessoais. 
Calor, parte da nossa vida.