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Jornal Diário de Suzano - 23/04/2024
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Coluna

Corações doadores

21 julho 2018 - 23h59
A história de Noemi e Rute (sogra e nora), conforme narrada no livro de Rute, no Antigo Testamento, nos faz refletir sobre algumas situações da vida. Primeiramente, quando tudo parece perdido, precisamos continuar firmes em Deus, crendo que Ele nos ama e tem o melhor para nós, ainda que aquilo que estamos vivendo pareça mostrar o contrário. Também é necessário retornar ao amor-próprio, amar-se, aceitar-se, ter paciência consigo mesmo; afinal de contas, não somos perfeitos; temos nossas fraquezas, erramos, acertamos; não somos super-homens. Muitas vezes precisamos nos perdoar e nos dar uma nova chance. Além disso, precisamos retornar àqueles que estão ao nosso lado, e que deixamos de perceber as suas necessidades por estarmos absorvidos pelos problemas. Não valorizamos, não ajudamos, não fazemos o bem. O amor de Noemi não era egoísta. Quando teve que tomar decisões difíceis, não pensou em si mesma. Ela desejou o melhor para as suas noras, mesmo sendo ela a maior necessitada. Assim é o coração dos verdadeiros servos de Deus - eles dão, quando mais precisam receber! Eles sempre têm sementes, as suas mãos nunca estão vazias. 
Precisamos renovar a nossa esperança, porque haverá bom futuro. No capítulo 1:16-17, Rute toma a decisão de seguir em frente com a sogra, fazendo votos de lealdade a ela. Isso nos faz lembrar da lei da semeadura - colhemos o que plantamos. O relacionamento entre Noemi e Rute foi pautado por atitudes de amor, bondade, doação. Quando entregamos o que há de melhor em nós, recebemos o que há de melhor de Deus e até dos homens. No decorrer da história, constatamos que Deus foi transformando o amargo em doce na vida de Noemi. Ela já havia voltado para a sua terra, já estava entre o seu povo, mas continuava cheia de amargura. Ela havia mudado de lugar; todavia, a alma continuava mal. As mudanças exteriores não mudam o nosso interior. É comum as pessoas camuflarem os sentimentos. Por fora, estão arrumadas, sorridentes; porém, o interior é triste e amargo. 
Há cura para a alma abatida e amargurada. Em Rute 2:18, vemos que o espírito de Noemi ressuscitou diante do êxito de Rute, trazendo suprimento para casa. A volta de Rute para casa enchia de alegria o coração de Noemi. E nós? Como fica o nosso coração com a chegada de nosso marido, de nossos filhos e amigos? 
E como temos chegado? Alegres? De braços abertos? Somos acolhedores, ou chegamos cobrando todo mundo e instalando o caos? E como temos saído de casa? Será que nos despedimos carinhosamente? Para viver bem é preciso muitas vezes abrir mão de seus direitos e ceder. Rute, sem ter planejado, mas dentro dos planos de Deus, entrou no caminho de seu resgatador, Boaz. A felicidade de Noemi estava em ver o bem na vida de sua nora. Ela instruiu Rute e a ajudou em tudo. Rute se casou com Boaz. Assim, o plano sábio de Noemi deu certo, e ela foi alegrada e sua nora também. Rute teve um filho, que entrou na descendência do rei Davi e do próprio Jesus. Essa é uma história que tinha tudo para dar errado, mas deu certo! Deus hoje tem resgate e alegria para a sua vida, fazendo com que todo o mal se transforme em bem!