A figura e o protagonismo da mulher estão sempre mais presentes na vida da sociedade. Não era assim no século passado quando nem a família, nem o Estado, davam margem para poder pensar em mudar as relações de domínio e submissão, que caracterizaram por muitos séculos a relação homem-mulher.
A questão feminina começou a agitar no século XIX, a vida da Igreja e da sociedade para a realização daquela “justiça” que Cristo considerava indispensável para o melhoramento da humanidade. Cristo tentou libertar a mulher de sua submissão humilhante e servil, que a levava a ficar distante, apática e indiferente diante do bem social, do progresso econômico e cultural. Com muita luta e espírito de emancipação, melhorou no século XX o “saber” e a cultura da mulher, que chegou a ser mais instruída, erudita, intelectualizada, competente e mais dotada de sensibilidade e responsabilidade social. Muitos países reconheceram a paridade e a igualdade da mulher em relação ao homem, na vida conjugal e social, no campo político e profissional, com livre acesso a todas as profissões. Todavia, as conquistas das mulheres não acabaram. A paridade e a igualdade não prevalecem ainda totalmente sobre certos resíduos pesados de antigos costumes ou tradições que não nascem de motivos racionais, mas têm suas raízes em fenômenos completamente atípicos e extemporâneos . Tanto o homem, quanto uma vasta porção de mulheres, aceita ainda hoje, sem mais nem menos, a situação privilegiada do homem. Isso acontecia e acontece pela tendência conservadora da mulher, por estar habituada há milhares de anos a não se julgar capaz de defender-se ou de impor suas próprias opiniões. Principalmente por haver sido mantida em condições de ignorância até os inícios de século XX, que a tornava incapaz de operações de tipo cultural e profissional. O analfabetismo feminino era considerado normal até nas classes sociais mais elevadas, que no máximo, permitiam às meninas uma instrução que não fosse além da escola primária. Em Suzano, conforme os dados históricos apresentados pelo professor e ex-secretário da Cultura, Suami P.de Azevedo, no Livro “Suzano Estrada Real”, foi criada no Baruel em 1870 a primeira Escola anexa à Capela de Nossa Senhora da Piedade, somente para o sexo masculino. Diz Suami, que somente no início de século XX a mulher brasileira chegou pela primeira vez aos bancos universitários e só em 1930 adquiriu a dignidade de cidadã brasileira, usufruindo do direito de voto. Celebrando o Dia Internacional da Mulher, um dia que muito agrada às mulheres, queremos manifestar a elas a nossa admiração por terem conseguido mudar o cenário feminino, na família, na sociedade, no âmbito da gestão da casa, dos negócios e nos serviços de chefia política e empresarial. A mulher, foi criada para assumir em comunhão com Deus e com o homem, a vida de novas criaturas, desenvolvendo um projeto de vida com a mesma firmeza e decisão do homem, acrescentado doçura, ternura, inteligência e sabedoria. Na mulher, toda a criação contempla a vida que nasce, e a mãe ao emitir ternamente e carinhosamente palavras de amor, assemelha-se ao Criador que é Amor e Bondade. As mulheres são do jeito que elas são, umas desses tempos, outras de outros tempos. Vivem de sonho, encanto, luta, dor e saudade.