Amigos que leram meu livro mais recente, “Paisagens – Passeios pela Vida”, cobraram de mim um texto autobiográfico, em prosa, claro. Esse, até o momento, não é o meu último livro, acho que ainda não escrevi o último. Pediram que escreva a minha vida dentro do meu tempo.
O que vivenciei na História. Gostei da ideia. Já havia pensado em algo.
Sei lá, a Vida, viver a vida. Plantar uma árvore, escrever um livro, ter um filho. Seriam isso alguns dos passos nessa vida. Plantei umas centenas de árvores.
Já escrevi uns trinta livros. Tenho dois filhos e já me presentearam com três netinhas. Mas não consigo parar. Parar por quê? Por quê parar?
Se pudesse plantaria árvores da nossa região, do nosso chão, com raízes verticais e não horizontais, em toda a área central de Suzano. Cada morador cuidaria daquela junto à sua casa ou seu negócio. Mas sei que não é tão simples assim. Teria de haver uma vontade firme a liderar. Teria de haver planejamento. Nessas décadas tenho conseguido convencer, lentamente, alguns. E algumas coisas aconteceram, tem acontecido. Já ouvi reclamações da “sujeira” que as árvores fazem, espalhando folhas e flores pelo chão. São leituras. Tem um jovem arquiteto, Ricardo Cardim, com blog de paisagismo, “Árvores de São Paulo”, cheio de ideias, com belos trabalhos, que pode vir em nossa Cidade, já se ofereceu.
Tenho livros publicados e tenho livros em finalização, como tenho livros apenas iniciados e outros em planos, lá na minha mente para libertação. Tenho livros acadêmicos, teses, projetos, racionalizações, sendo analisados por editoras grandes. Isso é lá com elas. Tenho em finalização um livro, que talvez venha a ser o meu único, de crônicas. Já publiquei, pelo menos, umas mil crônicas em jornais, especialmente aqui no Diário de Suzano, nosso DS. Tenho leitores fiéis, gente que me segue por muitos e muitos anos, e isso é encantador. Tenho o projeto de um livro de Hai-Kai. Talvez com desenhos meus, alguns prontos, talvez com fotos, amigos já se propuseram.
Tenho a cobrança da autobiografia. Tenho alguns textos ensaiados. Tenho deixado umas marcas pelo caminho.
Todos os meus livros de Poesia dediquei a minha Namorada.
Estamos nos aproximando cada vez mais rápido dos cinquenta anos, meio século, juntos. E devo muito a essa Amada Parceira, como deixar de dizer. Ela me trouxe os filhos que me encantam sempre.
Pois, dediquei esse livro “Paisagens”, também, a meus filhos e netinhas. Ainda sou dos que defendem a vitória da Família. A Minha Família, todos eles, é parte forte e significativa dos meus setenta poemas vividos.
Tenho de agradecer ao reconhecimento de tantas pessoas.
Não deixo de fazê-lo. Faço a minha parte, aquilo que acredito ser positivo. Confio que nos dando as mãos avançamos melhor. A Vida continua...