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Jornal Diário de Suzano - 19/04/2024
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Coluna

Homenagem a uma aeromoça suzanense

27 outubro 2017 - 05h00

Ana Cristina Bano filha de Pedro e irmã de Marcelo e Eduardo, mãe de Giovani e Isabela, durante 25 anos viajou pelo mundo como aeromoça. Adentrando-se com o avião nas nuvens, deixava de olhar para o mundo do cotidiano e se concentrava na viagem que estava por fazer com toda a equipe da Companhia aérea e nos passageiros que estaria servindo. Sem a menor hesitação, o lugar preferido, entre os tantos conhecidos, era o seu lar. Conhecendo e namorando o Durval, ex-jogador de basquete, me convidou para celebrar o seu casamento e batizar os filhos. Não sei se hoje, a filha Isabela pensa em se tornar aeromoça ou o Giovani, comissário de bordo, seguindo o exemplo da mãe, que há mais de uma semana, consumida pelo câncer, foi conhecer o lugar mais estratégico do céu, inacessível durante a vida terrestre aos pilotos, aos astronautas, à ciência e a todos os seres que vivem na Terra, por ser um lugar de dimensões transcendentais e divinas. Não era apenas a Ana Cristina, que saia quase todos os dias de casa rumo ao aeroporto de Guarulhos para embarcar e seguir voando. O seu irmão Eduardo trabalha no aeroporto de Guarulhos e o outro irmão, Marcelo é piloto numa Companhia aérea de Dubai. Separada de Durval, Ana Cristina conheceu Paulo, que no velório, com um certo triunfo inocente, declarou na presença do primeiro esposo, o seu amor pela amada companheira, o seu bom relacionamento com Durval e seus filhos de coração. Pedro, pai de Ana Cristina, perdeu a sua primeira esposa há muitos anos, mas não perdeu o pique de viver. Com um incansável ritmo de vida e com um certo ar de intelectual, olha sempre adiante, e a quem se aproxima dele, dá sábias lições de vida. Não gosta de chatice mas sabe sorrir na hora certa. É impossível chamar de volta para o mundo do tempo real quem já vive na eternidade, sem tempo real, mas com uma vida real. Os dias e os anos que Ana Cristina viveu com os filhos e a família são de pouca valia em comparação a exaltação gloriosa que está vivendo no céu. Pois, o céu não é qualquer céu e o destino após a morte, não é qualquer destino. O encontro com Cristo faz toda a diferença. Cristo não é uma recordação histórica, mas um tesouro dos mais vivos e preciosos que nos enriquece, mesmo que a gente não se dê conta aqui na Terra. Porém, Ele se tornará o Bem soberano, único e eterno. Tenho certeza que a luz divina do Cristo Salvador nunca abandonou a Ana Cristina no decorrer do caminho, e no lugar onde ela está hoje, brilha a todo momento. Além da casa, o avião era o lugar comum da nossa aeromoça. Talvez alguns suzanenses se depararam com ela no mesmo avião. Com um sorriso contagiante, eu também a encontrei numa viagem que fiz para Foz do Iguaçu. Observei que ela se aproximava dos passageiros com uma intuição genial, servindo-os com etiqueta e gentileza. Quem viaja de avião se encanta com o charme feminino das aeromoças, vestidas com roupas sóbrias, atraentes e bem elaboradas. Várias são as aeromoças e os comissários de bordo suzanenses, que trabalham nas Companhias Aéreas. Cito apenas um casal de jovens irmãos: Alex e Joyce, que há muitos anos vem sentindo o impacto dos aviões com as pistas. O último voo de Ana Cristina durou oito horas, mas quem gosta de voar pode ter a certeza que Deus pode fazê-lo durar uma eternidade.