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Jornal Diário de Suzano - 24/04/2024
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Coluna

Homenagem aos Avós

28 julho 2017 - 06h00
É justo e merecido, que o dia 26 de julho, tenha sido escolhido para homenagear os avós. Na verdade, nesse dia, o calendário dos santos faz a memória de São Joaquim e Sant'Ana, avós de Jesus. Enquanto Maria e José tinham o compromisso e a obrigação de cuidar e educar o filho Jesus, Ana e Joaquim alegravam-se com a presença do neto e alegravam o coração de Jesus com o carinho e contínua atenção.
Não podia ser diferente, porque a relação que surge entre avós e netos é quase sempre especial, cheia de afeto e compreensão. Assim foi a relação de Joaquim e Ana com Jesus. Quantas vezes Maria teria dito a Jesus: "Hoje, à noite você vai dormir na casa dos avós". O coração do menino se enchia de felicidade, imaginando uma noite cheia de fábulas para ouvir.
Também hoje, as crianças ficam contentes ao serem deixadas na casa dos avós, numa atmosfera de liberdade, alimentada pela paciência, pelo afeto e pela amizade dos avós. Eles são amigos e companheiros dos jogos e dos brinquedos dos netos, confidentes e cúmplices, afetuosos e compreensivos, mais disponíveis a certas concessões e, acima de tudo são fontes inesgotáveis de sabedoria. Eles tornam-se reserva irrenunciável diante da ausência dos pais por motivo de trabalho. Estes preferem deixar os filhos em segurança com os avós.
Claro que a felicidade dos avós aumenta quando se tornam bisavós ou tataravós. Ao ver filhos, netos e bisnetos ao redor deles, procuram reunir mais energia e força para participarem com atitudes lúcidas, sensatas, alegres e bem humoradas. Naturalmente, para acompanhar o ritmo das novas gerações, muitos avós frequentam academias, cursos de computação e de línguas, confrontando-se com as realidades virtuais, às quais os netos têm acesso.
Muitos avós são jovens, cheios de vitalidade e podem ficar muito bem ao lado dos netos. Ser avós, no entanto, nem sempre é fácil. Eles não são criaturas perfeitas, os mais idosos não nasceram na era tecnológica, mas são figuras extraordinárias. Cada um vive este papel na base da própria experiência de vida.
Os avós mais novos podem oferecer aos netos mais luzes, em consequência dos maiores conhecimentos por eles alcançados e das múltiplas experiências de vida. Talvez os avós de hoje, mais jovens, não preparem tortas, nem contem fábulas, mas com certeza responderão às perguntas apresentadas pelos netos e desenvolverão um papel mais moderno e eficaz, perpetuando o patrimônio cultural que receberam de seus pais e avós.
Os pais e os avós, trabalhando juntos, formarão uma equipe educativa invencível, capaz de gerar o gosto pela vida, pela família, pela escola e pela religião. Estes motivos devem nos levar a dedicar redobrada atenção à figura dos avós. Eles são fonte de amor e de vida não somente para os netos, mas para todos os componentes da família e para toda a sociedade. Há quem considere, porém, os avós como pessoas velhas, inúteis, dependentes, doentes, caducos. É uma visão distorcida que apresenta a imagem social do idoso baseada na decadência.
São Joaquim e Sant'Anna, avós de Jesus, são merecedores de uma festa universal e a memória deles é celebrada numa só festa, num só dia, conforme o calendário bizantino que celebra juntamente a memória dos dois progenitores.