O segundo domingo de maio é dedicado às mães. É justa esta homenagem às mães, que no tempo da gravidez, aos primeiros sinais do amanhecer, acordam sentindo em seu ventre o corpo e o espírito da criança se fazerem vida, luz e amor. Há sempre no coração das mães grávidas, grande disposição em acompanhar a vida e o crescimento do fruto gerado no seu ventre. Mesmo gemendo quando os anseios e as preocupações invadem seu coração, mesmo quando as flores e os frutos demoram para alegrar o lar.
Sabemos da força e da grandeza das mães, em enfrentar novos desafios, conduzindo a luta cotidiana com a necessária coragem. Elas trazem em seus seios, além do leite materno, primeiro alimento para a vida da criança, também dias, meses e anos de luta, com um coração exposto à marés e ventanias tempestuosas de esperanças e sofrimentos, de medos e angústias, de luzes e encantos, de desejos e frustrações.
Não hesito em dizer que a mãe é a primeira obra de Deus. Costumamos afirmar que Deus criou antes o homem e depois a mulher. É porque não sabemos interpretar o sentido das palavras do texto bíblico que mostram, como Deus quis conceder à mulher e ao homem igual dignidade, nobreza e grandeza. Ofereceu-lhes uma alma imortal, espírito filial, inteligência e liberdade. Entregou à mulher o dom de gerar a vida e definir os traços mais importantes da personalidade da criança, traços que decidem os rumos da existência e definem o caráter.
Há mães simples, humildes, afetuosas, maravilhosas, inteligentes, estudadas, executivas, domésticas, porém, o que confere a elas um esplendor especial é a carga afetiva do amor, da dedicação, da entrega total ao esposo, aos filhos e à família.
Ser mãe e gerar uma vida nova é um belo dom, entre os mais belos, um dom que iguala-se ao poder criativo de Deus. De fato, do coração de Deus brotou a vida do universo e dos seres humanos. Do ventre da mulher brotam os sinais benditos de uma nova vida anunciada no dia do nascimento com fitas rosas e azuis. A chegada é celebrada com grande felicidade pelos pais e parentes que com tanto amor e carinho esperam contemplar os olhos, o rostinho, a boca e o sorriso da criança. Todos ouvem o choro insistente da criança, por ser constrangida a sair do espaço arejado do santuário materno onde se alimentava de calor e afeto e onde armazenava o patrimônio imprescindível da sua humanidade.
Com seu espírito de fé e de amor, a mãe grávida, na hora que lhe é dada a força de contrair seu ventre, dá à luz a sua criatura, vida nova e esperança de uma nova geração mais capaz de transformar o mundo.
Mães, sempre e eternamente vocês serão mães e a todo pulmão podem gritar quanto é grande o vosso amor pelos filhos e pela família. Parabéns!