quinta 25 de abril de 2024Logo Rede DS Comunicação

Assine o Jornal impresso + Digital por menos de R$ 34,90 por mês, no plano anual.

Ler JornalAssine
Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
Envie seu vídeo(11) 4745-6900
Coluna

Mobilidade urbana

21 janeiro 2019 - 22h59
O homem com o carrinho de mão carregado com restos de construção repentinamente para sua marcha olha sorrateiramente em volta e descarrega tudo aquilo rapidamente na calçada à sua frente e sai dali com a maior naturalidade...
A calçada não está mais transitável, o pedestre terá que ir para a rua, pois, seu percurso foi cortado pelo lixo jogado ali.
Quando mesmo se espera já estão espalhados pela calçada galhos da árvore podada irregularmente, outros restos de entulho de construção, lixo caseiro, garrafas pet e de vidro, restos de madeira, logo vamos observar móveis quebrados e o acúmulo de mais lixo com restos de comida, assim a calçada se tornou intransitável, dificultando a vida das pessoas, que agora são obrigadas a andar pela rua, atualmente com intenso movimento de caminhões que entram e saem de uma obra pública logo abaixo...
Algumas pessoas aproveitam a facilidade que o entulho proporcionou para simplesmente transporem o muro e adquirirem drogas vendidas do outro lado, num local onde a natureza com suas árvores antigas e copadas é que deviam chamar a atenção.
Após diversas reclamações o poder público manda uma equipe da frente de trabalho que limpa o local e torna a calçada novamente transitável, o ambiente limpo ficou com outro aspecto e agora podemos novamente caminhar com segurança sem se expor aos perigos da rua, que por conta do tráfego de caminhões pesados já está também com o asfalto degradado e cheia de buracos que causam solavancos e frenagens bruscas aos pesados veículos, que por consequência parecem balançar toda a estrutura das residências no entorno.
Entretanto, rapidamente notamos que o lixo volta a ser jogado ali, afinal é só uma calçada, sem residências, um longo muro é o que existe local e, à noite o entulho e a pouca iluminação acaba servindo de abrigo para usuários de drogas, que amedrontam os moradores da calçada fronteiriça e todos aqueles que são obrigados a passar por ali, vindo do trabalho ou dos estudos, que muitas vezes para se sentirem mais seguros, acabam alongando o seu caminho, desviando por ruas próximas.
Esse local existe de fato, mas pode ser colocado em qualquer cidade, onde o desrespeito e a falta de civilidade se faz presente, afinal dá trabalho e despesa contratar o serviço de recolhimento de entulho, além das dificuldades que muitas dessas empresas colocam para dar atendimento ao cidadão comum. 
Contamos também com o despreparo do poder público para fiscalizar e vigiar a cidade, assim como o desinteresse de alguns funcionários que mesmo vendo isso acontecer, não toma nenhuma medida para prevenir ou punir os responsáveis.
E assim, vamos vendo calçadas se transformarem em depósitos de lixo urbano, que alimentam e abrigam ratos, baratas, além de outros mais perigosos como escorpiões e até mesmo cobras em alguns casos, pois, ali encontram abrigo e alimento farto.
As crianças é que acabam sendo as maiores vítimas, pois, distraídas em seus folguedos brincam despreocupadas, subindo nos entulhos mais firmes, utilizando as madeiras maiores como gangorra e até mesmo para buscar a bola que ali foi parar num chute mais forte.
Isso já não deveria ser mais rotina em nossas cidades, entretanto, é fato comum, infelizmente!