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Jornal Diário de Suzano - 20/04/2024
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Coluna

Mudança de paradigma

05 janeiro 2019 - 22h59
A Bíblia ensina que, "sempre que estiver ao nosso alcance, devemos ter paz com todas as pessoas". Jesus também nos ensinou a "andar a segunda milha". O que era a segunda milha? Sob a dominação dos romanos, os judeus poderiam ser recrutados para carregar a bagagem de um legionário (soldado), que se encontrasse em viagem, até o limite de uma milha. É fácil imaginar a revolta que tinha esse israelita por ser obrigado a caminhar ao lado de um "gentio" arrogante uma milha de estrada poeirenta de sua terra natal. Era um caminho de humilhação. Quando Jesus trouxe o ensinamento da segunda milha, Ele estava dizendo que precisamos ser pacientes, longânimos com aqueles que nos perseguem. Ir muito além do esperado. Desde que o mal entrou no mundo, os choques de valores começaram a existir. Caim, por inveja, matou o próprio irmão, Abel. Os irmãos de José, também por inveja, deliberaram matá-lo. Acabaram por vendê-lo como escravo a uma tribo de midianitas. É muito difícil, quando "os inimigos" estão no seio da família - alguém a quem amamos nos fere, magoa ou trai. 
De acordo com a lei mosaica, os inimigos deveriam ser tratados a "ferro e fogo". "Ame os seus amigos e odeie os seus inimigos"; "Olho por olho e dente por dente". 
No entanto, quando Jesus andou por este mundo, ensinou uma nova forma de tratar os inimigos. Primeiramente, Ele nos mandou amar os inimigos. Parece impossível, não é mesmo? Todavia, se Ele mandou, é possível. Vai depender muito da nossa disposição para cumprir o que Ele ordenou. Além disso, Jesus nos ensinou a orar por aqueles que nos perseguem. (Mateus 5:43-48) O relacionamento com determinada pessoa está difícil, quase impossível? Comece a orar por ela. Aqueles que nos estão perseguindo e prejudicando, estão "doentes" emocional e espiritualmente; por isso, precisam de nossa oração para que sejam libertos. A oração pode transformar situações. Quando oramos por nossos "inimigos", permitimos que a luz de Jesus entre em seus "duros" e resistentes corações. Além disso começamos a enxergar os nossos inimigos com outros olhos - olhos de amor e misericórdia. Afinal de contas, é assim que Deus nos olha. Enfim, a oração muda o outro, mas muda primeiro a gente.
O cristão deve deixar uma marca diferente por onde passa. Ele deve ser diferente em seus valores, em seu comportamento, em suas escolhas; ele é diferente de dentro para fora. Não estou afirmando que seja fácil amar aqueles que nos fazem o mal. Somos humanos. Ficamos tristes, sentimos raiva, como todo mundo. A diferença é que não podemos permitir que esses sentimentos se alojem dentro de nós, criando raízes de amargura. O orgulho e o desejo de vingança nos impedem de orar e perdoar os nossos inimigos. Mas, com humildade, é possível submetermos a nossa vontade à vontade de Deus e controlarmos a nossa ira, deixando de dar vazão aos impulsos vingativos da natureza humana. Jesus deixou um "novo paradigma" de relacionamento, cuja base é o amor e o perdão.