Que o uso do aparelho celular é o maior vício de todos os tempos é inegável! O que precisamos ponderar, é se essa mania traz mais benefícios ou malefícios? A psicologia fala de dependência quando uma pessoa tem necessidade compulsiva de alguma substância, determinada atitude ou tarefa para experimentar os seus efeitos ou ainda para aliviar o mal-estar que resulta da sua privação.
A dependência psicológica explica o motivo pelo qual muitas pessoas não conseguem desgrudar um minuto sequer do smartphone, mesmo sabendo que 95% das mensagens podem ser consideradas lixo eletrônico.
O vício pode chegar a tal ponto, que pesquisas revelam que 90% dos usuário sentem as chamadas "vibrações fantasmas", ou seja, têm a nítida sensação que o celular vibrou em razão de ligação telefônica ou que alguma mensagem acaba de chegar. Imediatamente o usuário pega o celular do bolso ou de dentro da bolsa, olha para a tela e verifica que foi apenas um engano, mas na verdade, pode se tratar de sintoma patológico. Pesquisas realizadas pela Universidade de Indiana e pela Purdue University, descobriram que a ocorrência de "vibrações-fantasmas" é algo bastante comum, que afeta a maioria dos donos de aparelhos eletrônicos portáteis.
A explicação científica aponta como sendo reflexo do condicionamento excessivo do cérebro, que se acostuma a associar as vibrações do aparelho a uma chamada ou notificação importante e assim cria sensações que não existem realmente.
O psicólogo Larry Rosen, professor da Universidade Estadual da Califórnia e pesquisador da chamada "psicologia da tecnologia", faz a seguinte explicação:
"Pessoas que pegam seus smartphones constantemente parecem ter uma espécie de obsessão. Isso as torna pouco diferentes daquelas que lavam as mãos constantemente. Eu não estou dizendo que isso necessariamente é uma obsessão, mas que se trata de algo que pode se transformar em uma de maneira bastante fácil".