O dia 21 de setembro marca o início da Primavera e o término do inverno, tempo de frio e de matraquear os dentes. Tempo em que a gente perde a vontade de se mexer, sobretudo quando o frio conspira para mergulharmos no sono e dormirmos com o calor dos cobertores. O tempo, porém, não para, avança, corre silencioso, devora dias, meses, estações e anos, sem parar. Quando uma estação termina, inicia uma outra.
O 21 de setembro deveria iniciar com uma bela manhã de primavera, de sol, de ar puro e perfumado.
Ela vem para nos falar sobre sua força renovadora e transformadora, sobretudo quando na Europa, a terra, as plantas e as flores recebem nova vida, novas cores e novos frutos.
Ao contrário do Brasil, na Europa no dia 21 de setembro inicia-se o outono. Caem no chão as folhas secas com uma cor quase dourada, alaranjada, caem as pétalas e as flôres. Porém, a natureza não morre, apenas repousa e descansa, para voltar a reflorescer na primavera, que se inicia no dia 21 de março. Na Europa, nos meses de setembro, outubro e novembro é outono, aqui temos três meses de primavera.
O outono é sem odor, sem perfume, sem explosão de vida. A primavera é doce, suave, desejada, com gosto de poesia, de tapetes floreados. O inverno termina amanhã.
A terra e as pessoas encontram mais alívio e menos fadiga, de carregar roupas pesadas, após um inverno duro e frio.
O “adeus” ao inverno é provisório, pois teremos outras estações até a chegada do inverno do próximo ano.
No entanto, é providencial a chegada da primavera, porque é impossível suportar um inverno longo e frio.
Por isso a natureza e as pessoas acolhem a primavera com uma expressão de alegria: "seja bem-vinda”.
Curtimos o prazer de viver esta bela estação, que ela seja de sol, de amor de amizade e de vida.
A Lei de Deus estabeleceu o acontecer das estações. O homem, porém, vem alterando o ritmo, as temperaturas e o clima, causando sérios riscos à saúde e à natureza.
Deus consagrou as estações, dando-lhes vida, côres, e frutos no tempo oportuno. Cabe ao homem não infligir à natureza a sentença de morte.
Não podemos imaginar quanto sofre a natureza quando a destruímos, a exploramos de maneira inescrupulosa e inconsciente. Sem o devido cuidado, a beleza da natureza turva-se, resta silenciosa. Bem sabemos que ela é digna de amor e de respeito.