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Jornal Diário de Suzano - 18/04/2024
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Coluna

Os médicos

18 fevereiro 2019 - 23h59
O dia de homenagear especialmente os médicos é o dia 18 de outubro, mas muitos deles merecem ser homenageados diariamente, pelo seu trabalho e sua dedicação.
São anos de estudo normalmente longe da família e dos amigos, vivendo em repúblicas sem conforto e, apesar de estudarem para tratar dos problemas de saúde das pessoas alimentam-se incorretamente, pois, o tempo livre é para estudar ou descansar, então poucos tem o luxo de ter alguém que cozinhe para eles uma comida decente e gostosa, normalmente se alimentam nas barracas onde os lanches volumosos enganam o estomago e saciam a fome por conta dos inúmeros sabores que fazem parte da receita.
Aliás, esse também é o método errado de muitos trabalhadores se alimentar, nas esquinas, com o lanchão que sacia e é barato, mas não tem nenhum nutriente.
E assim eles saem de casa quase meninos e voltam homens maduros, enxergando a vida de maneira completamente diferente dos demais, encaram e vida com seus problemas de dores e dificuldades impostos pelo decorrer dos anos ou pelo próprio nascimento. E nos parecem mais frios ao encararem a morte, que para nós é a perda definitiva de um ente querido e para eles é o alívio do sofrimento insuportável por aquele ser humano, que trataram com carinho e atenção, cientes que só estavam aliviando as dores sem, contudo, saná-las efetivamente.
No decorrer desta minha existência, seja acompanhando meus familiares mais velhos, para mim ou para os mais novos, conheci alguns médicos especiais e, com certeza não são os únicos pelos muitos hospitais carentes de tudo, mas não carentes do atendimento humano e dedicado dessas pessoas que vestidos em seus jalecos brancos, longe da família e do merecido descanso nos recebem para ouvir nossas lamúrias doloridas, que nos incomodam e não permitem também o descanso do corpo e da mente e, que nem sempre percebemos que eles também podem estar com dores ou cansados.
Apesar de formados e dos anos de residência que acompanham o final do curso de medicina e que permite que se especializem, eles continuam estudando pelo resto de suas vidas, sempre entremeando trabalho e aperfeiçoamento, afinal o corpo humano ainda é um enigma em suas engrenagens e quando apresentam problemas, além das doenças modernas que vão aparecendo por conta do modo de vida de cada um de nós.
Os médicos que acompanharam minha família começaram quando eu ainda era jovem e minha avó sofreu uma queda de um ônibus, que como atualmente o condutor não teve muita atenção com o idoso, que desce mais vagarosamente os altos degraus e tem dificuldade com o a distância do veículo e a calçada... Problema que ainda persiste e que frequentemente é notícia nos jornais.
O atendimento carinhoso e meticuloso ajudou que ela se recuperasse rapidamente, depois acompanhei minha mãe e minha filha, e pude ver quanta dedicação esses seres humanos têm, mesmo quando as olheiras escuras e fundas já parecem fazer parte de seu visual e mesmo assim escondendo seu cansaço e sua dor, nos recebem com um esboço de sorriso e, procuram se fazer íntimos de imediato para que possamos nos abrir sem medo expondo nossas dores.
Sim são seres especiais que merecem homenagens diárias e sinceras.