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Jornal Diário de Suzano - 24/04/2024
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Coluna

Os passarinhos

26 agosto 2019 - 23h59
Preparei um recipiente largo e coberto e nele coloco alpiste e quirera duas ou três vezes por dia, em quantidade suficiente para alimentar várias famílias de rolinhas, pois, elas tomaram conta do espaço e não permitem que outros pássaros cheguem ali para se alimentar também.
No início outros também vinham e se alimentavam felizes, o colorido das penas alegrava o olhar, até mesmo as maritacas já paravam na galhada das árvores e devagar, meio tímidas se aproximavam com cuidado e assim que acessavam a comida cheia de sementes de girassol e de outros grãos, ficavam valentes e não mais permitiam que os outros pássaros chegassem ali, a diferença é que alimentadas seguiam sua viagem, só voltando no final do dia, como se fossem realizar a derradeira refeição diária.
Os sabiás, os bem-te-vis bem maiores que os outros não assustavam e não impediam a chegada deles, apesar do tamanho são pacíficos e dividem sem problemas o alimento.
Entretanto, as rolinhas de aspecto pacífico, são uns "monstrinhos" na hora de comer, nem suas irmãs podem usufruir do alimento em paz.
Invadem a vasilha tomam todo o espaço e se alimentam com voracidade enquanto afastam os demais com os movimentos de suas asas abertas, como se fossem imensas e agressivas...
Nesses movimentos espalham grande quantidade de alpiste pelo chão e aquelas que não conseguem se aproximar da vasilha aproveitam a fartura para se alimentar por ali mesmo e apesar de também abrirem suas asas para evitar que as outras se aproximem, elas não conseguem impedir que todas comam por ali.
Alimentadas elas ficam sobre o telhado da garagem e nos galhos próximos aproveitando o calor do sol para limpar suas penas ou simplesmente para se aquecer, sem briga e até com uns namoros silenciosos, mas divertidos, onde a fêmea fica "fugindo" do macho enquanto ele a segue por onde for todo empolgado movimentando as penas do corpo todo.
O resultado desses namoros já é visível com o aumento da população que ali se alimenta, começou com umas quatro rolinhas e hoje já nem consigo mais contar quantas estão frequentando o local, desde as pequeninas até as maiores e que estão bem gordinhas.
Na defesa do alimento permanecem atentas e não deixam nenhuma outra espécie se aproximar, no máximo ficam observando a fartura de comida de longe com o exército de rolinhas sempre vigilante.
Enquanto faço este artigo observo o movimento contínuo delas nos galhos das árvores e no telhado, aproveitando para se aquecerem sob este Sol de inverno.
Dessa forma também me foi possível observar a atitude de defesa diante de um inesperado ataque de abelhas em busca de nova casa...
Um enxame de abelhas de mudança resolveu se instalar no telhado de casa e nos causou pânico pela quantidade e pelo barulho produzido, além das que se amontoavam umas sobre as outras, muitas voavam de um lado para outro aparentemente preparadas para atacar e, só nos sentíamos protegidos pelas telas nas janelas.
Enquanto torcia para que elas saíssem dali e buscassem outro lugar para fixar residência observava o comportamento dos outros animais da casa... Os cachorros atentos evitavam movimentos bruscos e as aves pareciam paralisadas nos galhos das árvores, isso é a natureza se defendendo naturalmente...