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Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
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Coluna

Pais e filhos

25 março 2019 - 23h59
Fui educada de forma firme e severa pelos meus pais, assim como muitos outros que tem na família a seu porto seguro, a base dos seus princípios.
Isso era muito comum nas famílias mais antigas, onde os filhos obrigatoriamente seguiam seus pais às obrigações religiosas, de qual credo fosse. Aprendiam no lar o respeito, a honra e os princípios básicos.
Na escola recebiam o ensinamento que os faria progredir como pessoas e como profissionais, a base levavam incutidos em seus íntimos em suas mentes desde os primeiros tempos.
Tornar-se-iam cidadãos de princípios, honrados e éticos. É lógico que como em todos os tempos isso não era regra geral, afinal, temos o livre arbítrio e é por ele que nos guiamos e assim a diversidade se faz.
O que víamos é que os princípios que trazíamos nos fazia sempre policiar nossos atos e com isso o comportamento do jovem era mais tranquilo e ponderado, o que nunca impediu que travessuras fossem cometidas,
Com o passar do tempo as pessoas foram entendendo que era muita severidade e que deveriam dar mais liberdade aos filhos e, a cada ano que passava percebíamos que os jovens estavam mais soltos, alguns mais desrespeitosos e livres.
Hoje vemos com frequência jovens maiores e menores mantendo o mesmo nível de conversa, pois, aparentemente possuem os mesmos interesses, param na chamada adolescência que hoje muitas vezes ultrapassa os trinta anos.
Numa roda de jovens sentados numa mesa de shopping, é frequente ver jovens de todas as idades cercando uma torre de chope enquanto conversam sobre jogos virtuais, sobre sexo e até sobre drogas. Alguns ali são menores e por lei, não deveriam ter acesso à bebida alcoólica, entretanto, esta foi pedida por uma maior de idade e os demais usufruem sem problemas, sem nenhuma interferência alheia. Afinal quem quer encrenca?
Em outros tempos os chamados comissários de menores estavam presentes em inúmeros locais e sem que fossem percebidos faziam a lei ser cumprida, mesmo aquelas não escritas.
Atualmente, temos um número sem fim de leis, normas e regras que as pessoas desconhecem ou simulam desconhecer, assim o desrespeito é presente em todas as idades, não só entre jovens e adolescentes, mas também entre adultos, que se sentem livres para beber e dirigir sob a desculpa de que é só um pouco e não faz mal, que roubam achando que são míseros reais e não fará falta para quem os perde, mas será útil para eles que vão poder usufruir da droga ilícita que corroerá suas mentes e os transformará em mortos-vivos perigosos...
Os pais alheios a tudo isso usufruem a liberdade dos tempos atuais, sem a preocupação com o comportamento dos filhos, do que fazem e com quem andam... 
Isso como sempre não é regra geral, ainda temos pais preocupados e que criam seus filhos com menos severidade, mas estão sempre atentos ao que fazem e com quem se relacionam e, recebem esses colegas em suas casas e frequentam muitas vezes as suas famílias.
Em contrapartida, temos aqueles pais que são surpreendidos por filhos bonzinhos, que matam, estupram e roubam, porque de fato não os conhecem...