Um sábio passeava pelo mercado quando um homem se aproximou e disse:
" Sei que és um grande mestre e por isso gostaria de uma opinião.
Hoje de manhã, meu filho me pediu dinheiro para comprar algo que custa caro; devo ajudá-lo?"
O mestre respondeu baixinho: " Se essa não é uma situação de emergência, aguarde mais uma semana antes de atender o garoto".
O pai retrucou: "Mas se tenho condições de ajudá-lo agora, que diferença fará esperar uma semana?"
O sábio concluiu: "Uma diferença muito grande.
A minha experiência mostra que as pessoas só dão o real valor a algo quando têm a oportunidade de duvidar se irão ou não conseguir o que almejam".
Amigo leitor, cada vez mais vejo pais realizando desejos dos filhos de forma indiscriminada e insensata. Muitos se afundam em dívidas, só para atender a vontade do príncipe ou da princesa.
"Filhos mandam. Pais obedecem", esse parece que é o jargão do momento.
Não vejo esse tipo de atitude como ato de amor e muito menos cunho educacional.
O problema será agravado quando em determinado momento os pais tiverem que dizer "não" a um presente, passeio ou viagem.
Nesse dia a mente do filho vai entrar em parafuso, pois no seu sistema operacional a tecla "não" parecia não existir.
É nesse instante que o jovem poderá mostrar toda revolta, raiva e em alguns casos até ódio e agressividade.