O tempo seco deixa o entardecer esplendoroso, é muito bom poder contemplar o por do Sol na nossa região, ele segue seu caminho vagarosamente liberando seus últimos raios avermelhados pelo céu, talvez na tentativa de encostar na Lua que já está ali curtindo o despedir do dia.
O calor do dia começa a ser substituído por um friozinho agradável no período noturno que nos convida a saborear pratos quentes e saborosos, até o chocolate é bem vindo.
Esse lindo espetáculo é provocado pela poluição que toma conta de tudo, a falta de chuva, torna o ar seco, que causa dificuldade na respiração da maioria de nós e o calor diurno provoca certo desânimo.
São quase cem dias sem chuva e isso já vai preocupando a todos, quando o "El Niño" se aproxima traz com ele a beleza do entardecer, mas a escassez de chuvas também o acompanha e, apesar do nome parecer assim carinhoso, ele nos traz prejuízos.
Sem chuva temos mais poeira, mais poluição, mais doenças e principalmente a falta de água, que faz os reservatórios baixar o nível e nos preocupar com a possibilidade de passarmos novamente pelas dificuldades do racionamento.
As pessoas mais conscientes já vêm de longa data economizando o precioso líquido, afinal desde a última estiagem que nos acompanhou em boa parte do ano de 2015, o valor da conta d'água passou a pesar significativamente em nossos bolsos e sequer podemos reclamar, pois, não vivemos sem esse líquido.
Entretanto, ainda observamos pessoas nos finais de semana lavando seus carros e deixando a mangueira com a água escorrendo livre pela rua, enquanto passam sabão ou conversam coma vizinhança e saboreiam uma cervejinha, afinal ninguém é de ferro... Só não podia haver desperdício!
Durante a semana também continua sendo comum vermos em muitas casas a água correndo livre pelas calçadas enquanto algumas senhoras varrem o chão com a água displicentemente enquanto observam o movimento da vizinhança ou conversam distraídas.
Em muitos países a economia de água é obrigatória e todos colaboram, porque sabem que viver sem água é impossível, ela é por demais necessária e não pode ser assim desperdiçada.
Em nosso país apesar da imensa quantidade de rios e riachos que cortam as cidades, não temos educação suficiente para respeitar a natureza e preservar o que de bom ela nos oferece, então jogamos lixo e esgoto nessas vias líquidas, sem a mínima preocupação com o dia de amanhã.
A preservação dessas riquezas naturais não é obrigação do governo, cabe a cada um de nós colaborarmos, o asfalto das ruas e avenidas e as coberturas de cimento e piso de nossos quintais, tornaram impermeável o solo que não mais dá passagem para a água que assim não se acumula nos lençóis freáticos e sem essa reserva tão necessária, a possibilidade não só de racionamento, mas de sua falta literal passa a ser uma realidade com a qual teremos que aprender a viver e, se continuarmos nesse passo, nossos filhos e netos conviverão com o racionamento diário, sem perspectiva de usufruir desse líquido com o mesmo prazer que fazemos hoje... Então a máxima de nosso tempo é preservar!