Um lavrador, cuja esposa estava doente, chamou um sacerdote budista à sua casa.
O religioso começou a rezar pedindo que Deus curasse todos os enfermos. Em dado momento, o homem interrompeu a oração:
"Eu pedi para que rezasse por minha esposa, no entanto, o senhor pede por todos os doentes?"
O monge explicou: "Calma, estou rezando por ela". O lavrador replicou: "Me desculpe, mas o senhor está pedindo cura para todas as pessoas e com isso poderá beneficiar o meu vizinho, que está doente também e é meu desafeto".
O sacerdote concluiu: "Infelizmente, você não entende nada de cura.
Ao rezar por todos, estou unindo minhas preces às milhares de pessoas que encontram-se agora pedindo por seus doentes. Somadas, essas vozes chegam até Deus e beneficiam a todos. Divididas, elas perdem força e não chegam a lugar nenhum.
Vou embora rezar em outro lugar, pois está atrapalhando minha concentração".
Diz a lenda, que certa vez um sábio perguntou ao discípulo preferido como ia seu progresso espiritual.
O aluno respondeu que estava conseguindo dedicar a Deus todos os momentos de seu dia.
"Então, falta apenas perdoar seus inimigos", disse o Mestre.
O jovem ficou chocado: "Mas não tenho raiva de meus inimigos!".
O sábio retrucou: "Você acha que Deus tem raiva de você?"
O jovem respondeu rápido: "Claro que não!" E o Mestre concluiu a lição:
"E mesmo assim você pede Seu perdão, não é verdade? Portanto, faça o mesmo com seus inimigos, mesmo que não sinta ódio por eles.
Quem perdoa está lavando e perfumando o próprio coração".