Tem vezes que temos muitos temas entre os quais escolher. E nossas conversas vão se ampliando. Mas é fim de ano, muito vai surgindo e nem tudo assimilamos. Muito vai se acumulando, até que a gente se cansa da porção e vai tentando interpretar o que chega.
Aí a gente foi começando a listar os temas desses tempos. Sem tirar conclusões.
Baile funk e mortes. O mundo todo sabe que a escola brasileira foi mesmo pro brejo e nem sabemos como reagir. Vamos tirar dinheiro da Educação e da Saúde e pagamos os deputados. Crimes ambientais diminuem, é só deixar de fiscalizar. Professor sem reajuste salarial por seis anos e sem expectativa de sobreviver. Ninguém rico vai preso, mesmo se condenado duas vezes. Papai Noel já vai chegar e temos de comprar presentes. Crime de corrupção prescreve se não for julgado em até cinco anos e sem condenação acabamos com corrupção.
Gente, o ano que vem se aproxima e ano novo sempre chega com esperança.
Verdade, São Paulo não é mais a “terra da garoa”. Nem temos mais regras nesse negócio de clima. Está certo, entendi o recado. Verão pode fazer muito sol, ou não. No Inverno podemos ter frio, ou não.
Proponho, vamos conversar! E tenho mais um tanto a ouvir.
É hora de confraternização. Com quem mesmo? Ah! Mais que no ano passado. Ah!
Teremos mais bêbados dirigindo nas ruas e estradas. Ah! Mas menos acidentes que no ano passado? Ah!
Alguns soltarão fogos bem estrondosos. Ah! Sinal de muita alegria. Ah!
Pois é, sei bem que podemos mudar o jogo. As regras talvez estejam mesmo muito envenenadas. Mas precisamos arrumar jeito de nos dar as mãos. É toda uma cidade, todo um estado, todo um pais, tudo o nosso mundo que precisa de mudança. E sei bem que podemos fazer isso sem violência, com jeito, com calma, sem raiva, sem ódio. Mas precisamos começar a convencer uns tantos.
Ainda não cheguei aos oitenta. Estou a caminho, claro. Mas sei o quanto a minha geração lutou para um mundo melhor. Participei disso. Também sei que isso levou embora um bom tanto de nossas vidas. Mas por que abaixar a crista? Por que desistir?
Gente, vamos sacudir a cabeça. Se o dia desperta em bruma, cinza para todos os lados, sabemos que, com certeza, o sol virá e vai brilhar.
Além da lista de presentes que “tem” de dar, por que não fazer uma lista de seus planos? O que é mesmo que gostaria de fazer? de realizar? de completar? Certamente, calculando o que vai mesmo poder concretizar. Senão, nada vale a pena, vira “sonho irrealizável”, aquelas coisas tolas, que nos desgastam muito, que vão nos corroendo por dentro.
Pensou na sua saúde? Não estou falando de remédios. Vai caminhar? Isso mesmo, vai fazer umas caminhadas? E aquele curso de línguas? Vai sair? Vai entrar? Aprender um instrumento musical? Por que, não? Aliás, as coisas as vezes nos chegam sem previsão. Uma amigo acaba de iniciar um curso sobre a Bíblia. Gosta? Então vai em frente. Outro, começou um curso de teatro, coisa de que nunca sentiu interesse. Tornou-se um maravilhado leitor.
Amanhã ali na frente. Luz! Avante!