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Jornal Diário de Suzano - 23/04/2024
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Coluna

Semana Lírica

21 outubro 2017 - 05h00
Recebi uma mensagem de amigo, talvez algo místico, que me disse que teremos nos próximos dias uma Semana Lírica. Perguntei-lhe o que seria isso. Tenho lá minha ideia de lirismo. Algo como um certo entusiasmo, que leva à inspiração do poeta lírico, aquele que se dirige mais ao sentido, ao envolvimento amoroso. Pensei no tipo de construção, quem sabe aquele jeito ou feição da obra literária de certa maneira como a poesia lírica. Sei lá, quem sabe?, algo com um certo calor.
Ele me disse que era um tanto de tudo isso. Seria um mesmo jeito para todos os horóscopos? Ele me disse que era uma tendência, mas alguns a perceberiam de modo diferenciado. Como tenho pouca informação sobre isso, esses lados interpretativos do mundo, achei melhor restar no meu canto. Mas, como coincidências não existem (nós é que não sabemos porque as coisas acontecem), prefiro oferecer o que ouvi e cada um interpretar como melhor sentir.
Seguindo nessa conversa, lembrei várias vezes nesta semana uma interpretação do conhecimento que formulei há uns tantos anos. O conhecimento é uma percepção que temos sobre três aspectos, como um triângulo: um vértice é o aspecto Cultural, o feito pelo homem; outro é o aspecto Natural, de como as formas da natureza se nos oferecem; e o terceiro é o aspecto Divino, oferecido pelo Ser Superior, pelo Grande Arquiteto Do Universo, por Deus. Esse último conhecimento nos vem tantas vezes de modo meio difícil de percebermos totalmente, as vezes nos parece coincidência, milagre, irreal. Não entendermos num dado momento não significa que não exista. Enfim...
Nós tentamos nos comunicar, através de códigos. Cada sinal vale um sentido. A Língua Portuguesa é um código. Combinamos que tais sinais devem valer dessa ou daquela maneira. Mas nem todos tem o mesmo conhecimento que nós tínhamos quando escrevemos algo na nossa Língua. Nós, ao lermos o mesmo texto, em ocasiões diferentes, podemos entender de modo diverso.
Então, se eu escrevo um poema, mesmo que seja bem sensível, que seja lírico, o leitor poderá entende-lo de modo diferente do que eu “disse”, ou “pretendi dizer”. Por isso, não é o poeta quem diz o que está escrito. Ele pode dizer o que pretendeu dizer, mas jamais garantir. O leitor é quem dirá o que o texto passou, o que o texto lhe passou no momento em que o leu.
No livro que estou lançando ao público neste mês de outubro na minha Região, “PAISAGENS – Passeios pela Vida”, trato da Vida. Seguimos pelo caminho que seguimos, sem nem saber se ou quando chegamos. E o que é chegar? Seria quando o caminho acaba? quando a vida acaba? Passos que demos em nosso percurso podem ser semelhantes aos dados por outros. Eles podem servir de aprendizado, podem servir de modelo, podem ser rejeitados, podem ser muito diversos a outros, nunca vividos ou nem vistos como perspectivas, ou como possíveis. Somos todos parecidos e somos todos diversos.
Não perder a esperança, nunca, esse é seguir o caminho. Viver com sensibilidade. Adiante no nosso Lirismo!