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Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
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Coluna

Símbolos de paz, acompanhamento psicológico e ritos religiosos na Escola Raul Brasil

21 março 2019 - 23h59
A cidade de Suzano tornou-se mais humana, solidária e mais unida depois da morte de seus filhos na Escola Estadual Raul Brasil. A mãe terra suzanense chora a morte de oito vítimas inocentes, e reprova e condena a conduta absurda dos dois jovens responsáveis pelo ataque homicida.
A cidade de Suzano lembra com saudade dos alunos Kaio Lucas, Claiton Antônio, Samuel, Douglas e Caio, da coordenadora pedagógica Marilena, da inspetora Eliane Regina e o dono da agência de carros, o sr. Jorge. Sofre também, pelo insano gesto de dois jovens responsáveis pelo tiroteio acontecido na Escola Raul Brasil.
A cidade de Suzano, inconformada pelo acontecido, decidiu manifestar ao mundo a grandeza de seu espírito humano e solidário e o seu desejo de promover a vida em todos os ambientes sociais, familiares e comunitários. 
Dois jovens, alienados e sem projeto de vida, vinham cultivando um sentimento prepotente e arrasador de ódio e de vingança. Eles esmagaram os sonhos dos que na Escola vinham colocando as bases para um futuro melhor, mas acabaram tombando banhados de sangue e sem vida.
Os dois criminosos tinham a cultura da morte no inconsciente, era um desejo mais forte do que a vida. Conviviam com esse cenário e planejaram levar à morte muitas pessoas.
Alguém já tentou fazer uma análise psicológica e mostrar o que tinha dado errado na vida deles, da família e da sociedade, por terem chegado ao ponto que chegaram.
Papa Francisco, atento a todas as tragédias do mundo enviou uma nota de pesar, exortando todos a viver a cultura da paz.
Dom Pedro Luiz, bispo diocesano, no decorrer de uma semana, abençoou os benditos cadáveres na Arena Suzano, reprovou a matança, se uniu às numerosas aflições dos familiares e presidiu a Missa de 7º Dia na Matriz de São Sebastião.
As equipes da área educacional estão proporcionando um clima de maior ponderação e de luz para amenizar o grande trauma que tomou conta de toda a escola, afim de libertar os alunos de um grande pesadelo.
Os alunos estão passando do choque sofrido a um diálogo silencioso, deixando o passado para trás e procurando um viés psicossociológico capaz de quebrar o silêncio e reativar a vida nas suas inúmeras maneiras concretas de ser vivida. 
Hoje, os alunos estão vivendo a complexidade do cotidiano, não sentados nas salas, mas se deparando com símbolos e rituais humanizantes, com mensagens de paz, fitinhas brancas no pulso, orações conduzidas pelos representantes de várias Igrejas. Acompanhamento de psicólogos, entrega de uma rosa com abraço na entrada da escola e outras sábias iniciativas que fazem a diferença entre o conhecimento adquirido nas salas e a sabedoria em valorizar o sentido da vida. Os alunos antes de retomar as aulas estão sendo conduzidos de forma mais sábia e humana, para nunca mais ficar coniventes com o mal ou com quem quiser levar ao mal.
Contra a cultura moderna que parece não se importar com códigos morais, é fundamental não perder o que a família, a escola e a Igreja vem ensinando às novas gerações