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Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
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Coluna

Suzano uma cidade verde-amarela

05 julho 2018 - 23h59
Em Suzano, como também em todas as outras cidades do Brasil, durante a Copa do mundo, o cenário é verde-amarelo. Ruas, praças, avenidas, lojas, clubes e casas aparecem com as cores verde-amarelas. As crianças, os jovens, os adultos, homens e mulheres vestem a camisa amarela.
No entanto, nenhuma comparação pode ser feita entre a grandeza da bandeira verde, amarela, azul e branca do Brasil e a cor amarela, ou às vezes azul, da camisa da seleção brasileira. A bandeira é o símbolo das lutas e das conquistas de uma nação na defesa de seu território, de suas instituições e de seu património cultural, social e econômico.
É ainda, o símbolo de um grande evento patriótico ou de uma grande manifestação popular na defesa da democracia e da cidadania. 
A cor “azul” da bandeira representa o céu e os rios brasileiros. A cor “amarela” simboliza o ouro e as riquezas do país. A cor “verde” simboliza as extensas matas e a rica floresta brasileira e a cor “branca” representa a perenização da paz no país, a ser pelejada e alcançada com custo alto e caro.
Ao contrário da bandeira que merece todo o respeito da população, a camisa verde-amarela recebe elogios quando a seleção ganha e críticas quando a seleção perde. De qualquer forma leva a competir por uma vitória que enaltece apenas o prepara físico, a boa performance e a finalidade lúdica de uma equipe e da torcida.
Como seria bom se todos os que torcem pela vitória da seleção verde-amarela torcessem também, pela superação da violência e a eliminação da corrupção e de outros escândalos políticos e lutar por um futuro melhor.
A vitória, que poderá acontecer se a seleção chegar à finalíssima e ganhar a Copa, será celebrada com carreatas, festa, samba na rua, acolhida triunfal dos jogadores, porém, não honrará o país com o avanço da democracia, da justiça e da paz.
A vitória será apenas um evento futebolístico e não patriótico. Não dá para igualar a história do futebol com a história do país. No entanto sabemos que há no futebol, seja na vitória ou na derrota, uma reação coletiva imprevisível de exultação ou de decepção, que em nada dizem respeito à verdadeira glória do Brasil e podem deixar o povo mais desligado dos assuntos políticos e sociais.
O evento esportivo é cativante, dinâmico e magnético. Oxalá as redes televisivas exibissem não apenas atletas ágeis, brilhantes e decididos, mas também, políticos, administradores e governantes brilhantes e decididos em cumprir seus mandatos, com honestidade e justiça e promovendo o bem comum.
Ao se tornar pentacampeão em 2002 no Japão, chegando a ser a única seleção a ganhar 5 Copas do Mundo, o futebol era visto como “emblema” e a expressão mais alta de brasilidade. No mundo inteiro a vinculação e a ligação entre carnaval, futebol e Brasil era automática, marcante, com destaque em todos os jornais e meios de comunicação. Hoje, parece que a consciência do povo está mais voltada para as questões sociais, como a saúde, a segurança, a educação, o emprego e um bom governo. Não é educativo ensinar às crianças e aos adolescentes que vale mais o jeito de saber jogar futebol do que o jeito de saber ler e escrever. Apreciemos sim, o esporte rotineiro, popular e amador, que fortalece a saúde, o corpo e oxigeniza a mente.