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Jornal Diário de Suzano - 19/04/2024
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Coluna

Tempo de Páscoa

13 abril 2018 - 00h59
"Ele ressuscitou". Este anúncio, depois da morte de Jesus, mostra o outro lado do mistério da vida de Cristo. Jesus crucificado não é esquecido e abandonado pelo Pai. Deus não o abandonou na morte, mas o ressuscitou. O caminho seguido por Ele, não é o caminho da morte, mas o que conduze à vida. Com a morte de Jesus, os discípulos caíram no desânimo e no desespero. Quando, porém, foram ao túmulo, ficaram surpresos, pois só viram um vazio e no chão as faixas que envolveram o corpo de Jesus e o pano da cabeça enrolado, à parte. Primeiro foram os soldados que guardavam o sepulcro a ficar espantados pelo túmulo vazio. Em seguida Maria Madalena, Pedro, João e os outros apóstolos. Pensou-se que o corpo de Jesus fora retirado e escondido em outro lugar, mas quem iria retirar um cadáver sem lençóis? Verdadeiramente ele ressuscitou. Esta foi a conclusão de João, de Pedro e dos outros discípulos.
Os apóstolos foram as primeiras testemunhas da ressurreição de Jesus.
Aquele testemunho acendeu no mundo uma nova esperança que ainda hoje segue ardendo nas almas dos fiéis, alimentando a fé na ressurreição dos mortos. Se esta é a nossa fé, esta deve ser a causa da nossa alegria. Por isso a Páscoa é tempo de alegria, de festa, pela vida que brota após a morte, pelo triunfo da vida sobre a morte. Porém, há uma pergunta que intriga a muitos: Como é Jesus ressuscitado? Isso não conseguimos entender totalmente. É um novo modo de ser que Deus cria. Mas não é uma simples sobrevivência da alma. Jesus ressuscitou inteiro, tornou-se um novo corpo, um novo homem.
Mas que sentido tem para nós a ressurreição de Jesus? Crer na ressurreição de Cristo, não é saber apenas que ele ressuscitou, mas é necessário ressuscitar com Ele. Isso não significa simplesmente cultivar a esperança de vida da alma e de um corpo novo depois da morte, mas nos deve levar a uma união mais íntima com Deus aqui na terra, ressuscitando e caminhando como ressuscitados sobre as cinzas de tantas inutilidades, para que o homem novo seja tudo em Deus e Deus seja tudo nele.
Não podemos ter saudade de Jesus que percorria as estradas da Galileia dois mil anos atrás, porque o Jesus ressuscitado é incomparavelmente mais presente para nós do que o Jesus de Nazaré. O Cristo glorioso é o mesmo homem de Nazaré, revestido de luz divina e de esplendor celeste. O Ressuscitado, que só podemos enxergar com os olhos do coração, está conosco na vida e nas estradas que percorremos, indicando-nos o caminho da glória eterna. É bom caminhar tendo Cristo no coração, na certeza de que Ele vai na frente junto de nós, nesta vida, para depois nos introduzir no reino onde Ele vive glorioso.
Sempre sentiremos e experimentaremos a Sua presença, na difícil realidade em que vivemos, se assumirmos o seu projeto de vida e de amor. 
Seu amor é para nós a garantia de que existe aquilo que intuímos vagamente e, contudo no íntimo esperamos: a vida que é "verdadeiramente" vida.
“A vida, no verdadeiro sentido, dizia o papa Bento XVI na Encíclica: Esperança Cristã , não a possui cada um em si próprio sozinho: ela é uma relação com aquele que é a fonte da vida. Se estivermos com aquele que não morre, que é a própria vida, estamos na vida. Então vivemos e viveremos para sempre”.
Caminhemos com Jesus ressuscitado e Ele nos libertará dos laços da morte e nos introduzirá no reino da vida e da luz.