O lar ficou mais silencioso sem ela, sem a querida Terezinha, após um ano de seu falecimento. Muito amada pelo marido Dorgival, pelos filhos Alexandre e André e pelos membros da Igreja Matriz de São Sebastião. Bastava atravessar a porta da Igreja, para vê-la sorridente receber os fiéis que participariam das celebrações litúrgicas. Na celebração de um ano de falecimento, o marido Dorgival, dirigiu a ela um maravilhoso poema de amor, uma carta escrita com o coração.
“Tudo começou em 1971 com o apoio de Nilza Grillo, sua melhor amiga. Em 1973, no dia 17 de maio, o melhor aconteceu, concretizando-se o nosso casamento no civil e muito abençoado no dia 19 de maio, na Igreja Matriz de São Sebastião em Suzano, pelo Pe. Bernardo Murphy. Éramos muito felizes, mais ainda com a chegada de Alexandre, nosso 1º filho, em 1974. Em 1978, fomos novamente agraciados com o nascimento de André Luiz. Muita alegria no lar! Nunca esquecia de entregar-lhe flores, todo dia 19 de cada mês, como homenagem ao nosso casamento. Muitas amizades soubemos criar, cultivar e cativar. Muitas canções de amor, eu nunca deixava de tocar com a velha vitrola e as vezes eu mesmo cantava, sobretudo músicas italianas. As canções mais cantadas por mim foram: ‘Hino ao Amor’ de Wilma Bentivegna, ‘Como é grande o meu amor por você’ de Roberto Carlos e ‘Ciao amore, ciao’ de Luigi Tenco, cantada também, por Sérgio Endrigo. Sim, querida Terezinha, fomos muito felizes nas reuniões familiares e com amigos, principalmente por ocasião do Natal e do Final do Ano. Inesquecíveis os nossos passeios com as crianças e com os compadres, Carlos e Bete Del Monte, Juarez e Júlia, Alberto e Maria, ao Sul de Minas Gerais. Inesquecíveis as férias em Caraguatatuba com os amigos ou em Bertioga com Eduardo e Cecília. Momentos felizes incontáveis.
Querida Terezinha, mesmo com as dificuldades da vida, sempre conseguimos superar as condições adversas que nós passamos. Você que sempre teve um grande coração para amar e servir como esposa e mãe, como discípula fiel do Evangelho e da Igreja Católica, de repente, devido ao coração grande que se desenvolveu no teu lindo corpo, a respiração se tornou mais difícil, fazendo-te sofrer e com uma pneumonia aguda que se apoderou de ti, sem aviso. Maravilhosa esposa, sempre ‘querida’ nunca te esqueci. Você foi o esteio da família, amando sempre aos filhos, o neto Leonardo, as noras e tenho certeza absoluta que o nosso amor nunca acabará”. Com esta carta na minha mão, fiquei surpreendido diante de tamanha grandeza de amor e quis torná-la conhecida, porque é como se tivesse algo a transmitir aos casais e suas famílias. Acho que dá uma pista para que, entre as numerosas aflições, nunca devemos desistir do sonho de amarmos e sermos amados. Há muitas maneiras concretas de o amor ser vivido, no gesto, na fala, na escrita e na capacidade de ouvir, rir e chorar.