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Jornal Diário de Suzano - 19/04/2024
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Coluna

Uma conquista constante

25 maio 2019 - 23h59
Nos dias atuais assistimos com certo conformismo à falência dos casamentos. O que foi planejado por Deus para durar até a morte de um dos cônjuges pode-se desfazer de uma hora para outra sem que o casal se aperceba de que algo poderia ser feito para evitar a separação. Quando chegam os filhos,por exemplo, um dos grandes desafios dos casais é continuar a ser casal. De forma geral, a chegada de um filho muda muito a rotina dos casais. Todas as energias são empregadas para cuidar do mais novo e precioso membro da família. Desse modo, o tempo para ser casal fica em segundo ou terceiro plano. Mas não deveria ser assim. Nenhum relacionamento nasce pronto. Muito menos o relacionamento amoroso! É preciso investimento diário para que ele cresça e satisfaça o casal. Um jantar à luz de velas, uma flor acompanhada de um sorriso no final da tarde, um beijo todas as manhãs antes de sair para o trabalho, tempo dedicado para bater um papo a dois, um passeio sem os filhos, um bilhetinho apaixonado na porta da geladeira, uma viagem juntos; enfim, muita coisa simples, mas significativa pode ser feita para cultivar o romantismo ao longo de dias rotineiros e difíceis. Seria maravilhoso se pudéssemos amar pura e perfeitamente todos os dias; porém, a realidade é que somos humanos, fracos e precisamos de estímulos diariamente. Isso diz respeito ao homem e à mulher! É necessário compreender que o amor é um compromisso, uma renúncia, uma entrega diária, para se chegar a uma amizade crescente, a um respeito profundo e a um romantismo genuíno. 
As atitudes de cuidado com o relacionamento na vida diária ajudam o casal a vencer muitas dificuldades. Quando as coisas não vão bem no casamento, por exemplo, as lembranças dos bons momentos passados juntos ajudam o casal a se reorientar, valorizando o que realmente importa, percebendo o quanto um é importante para o outro. Se, ao contrário, as lembranças são só ruins, negativas, será difícil encontrar forças para continuar. Pensemos nas coisas que fazíamos, quando namorávamos. Era muito bom andar pelo parque de mãos dadas, bem juntinhos, marcar um encontro num lugar especial, oferecer uma flor encontrada pelo caminho, passar o melhor perfume e vestir a melhor roupa para o encontro, a fim de impressionar, dar um presente escolhido com o maior carinho e atenção. Por que mudamos? Muitas justificativas podem ser dadas - filhos, muito trabalho, falta de tempo, problemas financeiros, expectativas não atingidas, etc. Será que não nos acomodamos à situação, sempre esperando que o outro faça alguma coisa pelo relacionamento? 
O amor é uma conquista diária. As novelas da TV, os romances, os filmes de cinema fazem crer que paixão e romantismo são sensações só para os mais jovens e não casados. É difícil aparecer em uma novela um casal (casado) que lance olhares mútuos cheios de docilidade e desejo, ou que demonstre um coração palpitante com a aproximação do(a) companheiro(a). A televisão, em geral, mostra exemplos de casamentos falidos, em que os cônjuges precisam de uma terceira pessoa para expressar o seu romantismo. Cultivar o romantismo no casamento é um investimento e exercício necessários. Uma palavra doce, um gesto carinhoso pode salvar o dia de um casal. "Beije-me ele com os beijos de sua boca, porque melhor é o seu amor do que o vinho". (Cantares 1:2)