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Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
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Coluna

Vícios perniciosos

28 outubro 2019 - 23h59
Tempos atrás, por respeito e até mesmo temor aos nossos pais, se resolvêssemos experimentar uma bebida ou um cigarro, isso era feito de maneira a que não viessem descobrir. Muitas vezes víamos homens já casados que não bebiam e não fumavam na frente de seus pais... Era uma questão de respeito...
A liberdade veio se instalando gradativamente nas famílias e hoje os filhos até bebem e fumam junto com seus pais nas comemorações familiares.
Não havia esse consumo de drogas como nos nossos tempos, o vício da bebida e do cigarro era tolerado em sociedade e até considerado normal e com certo glamour, se respeitado os limites.
Pouco a pouco outros hábitos e outros vícios foram tomando conta das pessoas, beber e fumar já não satisfazia e outras drogas foram sendo inserida na sociedade, a maconha, remédios que eram inalados ou aplicados de maneira a permitir "um barato" foram cada vez mais sendo utilizados pelos jovens, ainda em surdina e escondido da família, apesar de algumas dessas drogas deixarem marcas indeléveis no corpo, na mente e no comportamento.
Passamos a conviver com novas doenças que se propagaram rapidamente e ceifaram muitas vidas, sem que desse tempo até mesmo para fazerem uso de qualquer medicamento, mesmo que fosse só paliativo.
Hoje convivemos com drogas pesadas, sendo usadas abertamente, sem temor de serem pegos pela família ou denunciados pelos estranhos...
Não é difícil encontrar pelos cantos escuros jovens fazendo uso de drogas misturadas com bebidas e, mudando radicalmente seu comportamento em questão de minutos, expondo sua saúde e sua vida a perigos muitas vezes por eles desconhecidos, pois, para eles somente o prazer da "viagem" momentânea interessa.
Em qualquer lugar conseguem comprar por valores insignificantes cocaína, crack e outras drogas piores que causam muito mais malefício a saúde e à sociedade.
Para obterem essas drogas acabam entrando no mundo do crime, iniciam furtando pequenos objetos em casa, depois, já não mais se incomodam em que percebam que estão roubando e fazendo uso de drogas e chegam até mesmo ameaçar os pais e familiares para obter o dinheiro que precisam para manter o vício.
Quando nada mais tem para tirar de suas famílias, avançam sem temor em pessoas que não conhecem, para roubar celulares, bolsas, qualquer coisa que possam transformar em pequenos valores para satisfazer o vício que corrompe e toma conta de todo seu ser.
Poucos são os que conseguem se livrar do uso dessas drogas, a limpeza interna a ser feita é grande e demorada e necessita de muita dedicação, por parte do interessado e de sua família, para que juntos possam vencer essa luta, que passará a ser diária e duradoura.
Enquanto não se livram do vício e sentem prazer em usufruir das drogas, tornam-se cidadãos perigosos e temidos, pois, apesar de sabermos que o uso contínuo se torna uma doença difícil de curar, sabemos também que não temem, não respeitam nada que possa atrapalhar seus passos em busca de valores por menores que sejam desde que permitam que satisfaçam a vontade que os consomem.