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Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
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Coluna

Vozes que clamam

12 janeiro 2019 - 22h59
No Brasil, jovens são mortos, praticamente,todos os dias, vitimados pela violência urbana, que acaba por atingir a todos. Crianças são abandonadas, idosos morrem em corredores de hospitais sem atendimento médico. Não podemos sair com tranquilidade. Temos que andar constantemente em estado de alerta. Percorremos ruas esburacadas, passeios perigosos. Os direitos dos cidadãos não são respeitados. Pagamosaltos impostos, mas temos pouco retorno em termos de serviços públicos. De forma geral, é claro que existem exceções,não vemos os governantes lutando e trabalhando, verdadeiramente, pela qualidade de vida dos cidadãos. O interesse público fica em segundo plano, embora nos discursos apareça como uma prioridade. Gostaríamos de poder dizer que essas coisas não acontecem. Que a realidade é bem diferente. Mas não é assim. E nós nos calamos, como se tudo isso fosse normal. 
Enquanto somos tentados a fechar os olhos para a maldade deste mundo, Jesus nunca desconsiderou a realidade do mal. Porém, Ele não demorava em apontar que Deus pode e vai triunfar sobre o mal. A vida vai triunfar sobre a morte. E nós também podemos lutar contra o mal, praticando o bem, sendo no mínimo vozes que clamam por justiça. Uma voz. Apenas uma voz, eis o que João Batista pretendia ser. Uma voz que clamava no deserto, com uma mensagemforte: "Voz do que clama no deserto - preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas (...) Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento... E também já está posto o machado à raiz; toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo". (Lucas 3:4-10) João Batista era um homem que se vestia de forma diferente e que comia alimentos diferentes - gafanhotos e mel silvestre. Provavelmente, era considerado como louco. Mas ele foi uma voz forte, com uma mensagem forte e contundente. Não era uma mensagem agradável de se ouvir, tão pouco para se transmitir. Todavia, ele não estava interessado em ser politicamente correto. 
As cidades vivem, atualmente, cercadas pela violência.Uma cidade cercada tem a sua integridade ameaçada - o governo, os cidadãos, os bens patrimoniais, a sua autoestima. O texto de II Reis 6:24-33 relata essa realidade. Bem-Hadade, rei da Síria, sitiou Samaria. A cidade ficou completamente desestruturada. Houve grande fome em Samaria. Uma cidade sitiada fica fragilizada. Os valores morais se perdem. A vida passa a não valer nada. O governo fica exposto. No caso de Samaria, o rei rasgou as vestes. Vestes de vergonha, de humilhação, de impotência. O que fazer? Mas... alguém se levantou para trazer uma nova realidade. O profeta Eliseu declarou uma situação diferente: "Amanhã não continuará mais assim". (II Reis 7:1-2) Contudo, o coração do rei estava confiante no Capitão, que duvidava da voz do profeta e do poder de Deus. Mas tudo aconteceu como o profeta de Deus falara. Por que o povo de Deus não tem sido ouvido? Porque a Igreja tem sido pobre e tímida nas palavras e, principalmente, nas atitudes. A Igreja de Jesus Cristo tem que fazer a diferença. "Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao Senhor; porque, na sua paz vós tereis paz". (Jeremias 29:7) A Igreja tem que trabalhar pela paz e prosperidade da cidade.Quando um servo de Deus se levanta em oração e ação, as coisas mudam. Se a Igreja de Jesus Cristo não for sal e luz, o que será?