Semana cheia essa que passou. A gente vai aprendendo.
Verdade é que entre fatos e feitos, uma novidade me tocou. Um amigo muito próximo estava reclamante demasiado neste isolamento. Dá para entender, claro. Decidiu se aposentar. E estava começando a se enraivecer de ficar parado. Ajudava em casa, até na limpeza. E ia descobrindo defeitos aqui e ali. A mulher foi pedindo para cuidar de outras coisas. Foi fazer uns reparos, mas não gostou da experiência. Teve uma semana em que me ligou todos os dias. E eu lá tentando acalmar. Numa dessas ligações, ouvi a mulher dele gritar lá no fundo para que ele me dissesse que quebrava louça cada vez que lavava.
Ri disso. Ele acabou rindo também. Dias depois, conversando, disse a ele que iria falar dessa experiência em minha crônica. Ele achou graça e me disse que tinha começado a faz er um di ário das atividades dele no isolamento. Cumprimentei. Uns tantos dias depois me disse que estava escrevendo uns poemas. Cumprimentei novamente. Continue assim, registre as experiências, na forma que puder, insisti.
A gente vai aprendendo com o seguir das atividades, com descobertas. Uma amiga me falou que está estudando astrologia. Quer aprender a fazer horóscopo. Ótimo! Um outro me disse que está lendo uns livros que descobriu em casa sobre medicina chinesa. Caramba! Avante!
Tomara que tenha mais gente fazendo assim, descobrindo mundos, agora que estamos tendo um tanto de tempo.
Claro que se aprende diariamente. É só se permitir. O mundo nos chega e vamos recebendo-o das maneiras que nos sejam possíveis. Vamos adaptando as novas propostas, vamos modificando-as.
Esses dias me disseram que faz tempo não comento poesias nas minhas crônicas. Não havia percebido. Poesia é parte forte, vibrante, da minha vida. Um eterno aprendizado. É uma caminhada que, espero, nunca tenha fim, no meu percurso. Mostrei, faz pouco, no Face, uns poemas antigos, que escrevi há uns 50 anos. Um colega professor me disse que já tinham o meu jeito de hoje. Pode ser. Vejam e comparem. Amo essa expressão de Arte!
Aprendendo sempre a amar Mogi das Cruzes! Parabéns! Sempre foi importante para mim. Quando minha Família veio para São Paulo, em 1958, meu pai pensava em morar numa chácara. Iniciamos visitando o Alto Tietê, ficamos em Mogi. Viemos no "trem de aço". Mogi era uma cidadezinha do Interior, ruas estreitas. Muitos símbolos lembrando a participação na Segunda Grande Guerra. Agradável, parecia ser bem tranquila. Visitamos Ferraz, só chácaras. Suzano ainda tinha as charretes, atrás da Igreja (a outra capela), eram os taxis.
Como meu pai, militar, foi para um quartel na Lapa, no extremo oposto da cidade de São Paulo, desistiu da chácara por aqui e fomos morar por lá. Mas aquelas imagens de Mogi ficaram na memória. Carinho. Depois que me instalei em Suzano, trabalhei por vinte e tantos anos nas Universidades de Mogi. Como não fazer amizades? Como não ter carinho? Sempre fui tão bem recebido. Faz parte da minha vida também. Amar também é um aprendizado.
E daqui a pouco comemoramos nossa Independência. Terra amada!