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Jornal Diário de Suzano - 19/04/2024
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Coluna

Dia do Advogado

13 agosto 2022 - 05h00

Hoje é o Dia do Advogado, o que permite ser entendido como o Dia do Jurista, o Dia do Direito. Foi quando Dom Pedro I criou, em 1827, as duas primeiras Faculdades de Direito do Brasil, uma em Olinda e a outra em São Paulo, no Convento de São Francisco. Essa última vai se tornar a que hoje está vinculada à Universidade de São Paulo. Pensarmos nisso é reconhecermos o valor da Justiça. É pensarmos no equilíbrio entre os homens, o respeito dos cidadãos. É assim que se faz uma sociedade que viva de modo consequente, positivo com seus membros. 
O dia 11 de Agosto ainda tem simbologia especial para mim, faz parte da minha história. Esse dia teve a manhã mais fria do ano aqui no Alto Tietê. De casa via a Serra do Itapeti envolvida em nuvem negra. Ainda assim, nesse mesmo dia, contava com a luz da “superlua” de agosto, maior e mais brilhante, no seu perigeu, o ponto mais próximo da Terra. Essa luz nos trará bons retornos que juntos faremos. Somos brasileiros, sabemos inventar.
É verdade, fui Advogado. Iniciei lá na Faculdade Paulista de Direito, da Universidade Católica, depois conhecida como PUC-SP. Alcancei o 3º lugar no vestibular e fui cursar. Tive professores bem especiais, destaco o querido Franco Montoro, que era Deputado Federal na época. Com quem me dava muito bem, sendo colega de seus filhos.
O ano de 1968 foi se desenvolvendo bem agitado, como um ano turbulento pelas universidades do mundo, da Califórnia a Paris, e também em São Paulo. A juventude queria um mundo mais aberto. E o Brasil vivia uma fase bem fechada. Fui dirigente do Centro Acadêmico “22 de Agosto”, da Faculdade para 1968/69. Tínhamos uma parceria antiga com o Centro Acadêmico “11 de Agosto”, da Faculdade do Largo de São Francisco, que na ocasião era dirigido pelo Aluysio Nunes, que depois foi Senador. Dessa parceria produzíamos disputas do Campeonato “33 de Agosto”. E, claro, o “Dia do Pindura”, que não vou descrever, meu caro leitor, mas tenta saber...
O final de 1969 pedia fortes decisões. Mas em Outubro sofri um grave acidente, com traumatismo craniano, internado por meses. E tive de mudar os planos. Casei com a menina que me acompanhou no tempo de hospitalização. Fomos para a Europa, me formei em Linguística, com o Mestrado e o Curso de Doutorado, e lecionei na Sorbonne. Tivemos o primeiro filho. De volta ao Brasil em 1977, tivemos uma filha. E nos instalamos em Suzano, e a ela me dediquei.
Conclui o Curso de Direito na UBC em 1980. Lecionei um tanto na área. Com umas pesquisas em Constitucional. Hoje sou chocado quando vejo se relegar princípios do Direito até com “orçamento secreto”, com “leis ilegais”, e mesmo imorais, como o confisco de Aposentados e Pensionistas. Mas sei que sempre podemos aprender mais.
Não desisto. Quero a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade, quero o Estado de Direito, mesmo sem fazer política partidária. Indo para os 80 aninhos não perco a esperança. 
Ainda estamos montando nossa Democracia. Juntos podemos mais com base no Direito. Avante!