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Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
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Coluna

Divino

05 junho 2021 - 05h00

Estava pensando, lá no meu jeito de querer entender as coisas pelas palavras que nos lançam. Aí me caiu as mãos a frase “in vino veritas”, que significa “no vinho está a verdade”, que seria criação do naturalista romano Plínio, o Velho. Mas há quem diga que antes já haviam dito a frase. Enfim, também juntando “di” mais “vino”, temos “divino”, que não se refere a vinho, mas a Deus. E se cutucarmos, será que não vamos identificar o vinho como contribuição divina? Por que não?
Meus amigos sabem que gosto de vinho. Já escrevi umas tantas linha sobre meu encantamento por essa bebida tão antiga e especial. Não sou especialista em vinho, longe disso. Mas nessas últimas semanas me perguntaram um tanto disso. Várias palavras ligadas ao vinho parecem complicadas, as pessoas usam, nem sempre sabendo a que se referem. Lembrei de uma colunista do jornal A Tribuna, de Santos, Claudia G. Oliveira, que comentou sobre umas tantas dessas palavras super usadas. Vejamos.
Inicio por “Enófilo”, do grego “eno”, que significa vinho e “filo” significando “amigo”, juntas indicam o cara que gosta de vinho, o apreciador. Tem gente que gosta tanto que aprofunda estudos, mas no geral é o amador.
Sempre aparece também o “Enólogo”, palavra do “eno” (vinho, como vimos) com “logo”, que indica “estudo”. Esse é o profissional que trabalha com o vinho, da plantação, à produção e à elaboração. Observe-se que essa área tem atraído muito, especialmente os jovens. A produção brasileira cresce muito. E com a pandemia, ficar mais em casa, levou muitos a consumirem mais o vinho.
Alguns rótulos trazem nomes, especialmente em francês, os grandes produtores e repassadores. A palavra “Assemblage” (blend de uvas) indica uma mistura de diferentes tipos de uva no processo de produção de um vinho. Isso tende a alterar bem o teor do vinho produzido. Por outro lado, ao contrário, os chamados vinhos “Varietais”, são aqueles em que na produção se utiliza uma única cepa, um único tipo de uva. Na verdade, com até 75% de uma uva, com menos de 25% de outra ou outras uvas, também é considerado Varietal. Essa mistura, leve no geral, quando ocorre quase sempre é porque o enólogo quer trazer uma acidez ou uma suavidade maior ao vinho sem alterar profundamente o teor, e também é conhecida como “corte” ou “blend”, em inglês. 
Também me perguntaram o que significa a palavra francesa “Sommelier”. Pois esses são os profissionais encarregados de se ocupar do vinho nos bares e restaurantes, hoje até mesmo em alguns supermercados. Eles orientam suas compras, escolhas. É bom conversar com eles, se puder.
Hoje muitos comerciantes de vinho organizam “confrarias”, grupos de gente reunida para trocar ideias sobre vinho e, claro, para degustar a preciosa bebida.
Olha pessoal, aproveito e indico dois livrinhos (tamanho 11 cm x 18 cm) sobre vinho que são práticos e fáceis. Um é o “101 Dicas Essenciais: Vinho”, de Tom Stevenson (Ediouro), fácil ilustrado, 70 páginas. Outro é “Expert em Vinhos em 24 Horas”, de Jancis Robinson (Planeta), mais explicativo, 160 páginas.
Logo trarei mais.