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Jornal Diário de Suzano - 19/04/2024
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Coluna

Escolha Profissional do Magistério

10 outubro 2020 - 05h00
Mais um Dia dos Professores está aí. Destaquemos nesta oportunidade, de modo respeitoso, merecido, o trabalho desses profissionais.
Meu pai foi professor, de Contabilidade, teve uma escola, o Instituto Santos Dumont, no Rio Grande do Sul, paralelo a sua atuação como militar, quando eu era pequeno. Ele admirava o trabalho docente e sentia orgulho de contribuir nessa área profissionalizante. Eu respeitava meu pai, mas nunca pensei ser militar ou docente.
Cursei Direito na Universidade Católica (depois PUC). Uns anos depois, antes de concluir, fui para a Europa. Lá cursei Letras, porque desejava ser escritor. Após, ao iniciar o Mestrado, fui convidado a ser Professor-Adjunto, na Universidade. Atuando, comecei a gostar. Passei a estudar esse fazer. De volta ao Brasil, fui convidado a exercer o Magistério em curso universitário e fui avante. Após uns poucos anos, surgiu a possibilidade do ensino secundário. Iniciei. Aí tive de começar formalmente os estudos da área, Pedagogia e Didática. Avancei em Gestão e Pesquisa de Educação Não se para, não se deve parar. Aprendizado permanente. Talvez não seja um lindo exemplo, mas amei o que fiz.
Duas coisas muito diversas, ensino universitário e secundário. Especialidades totalmente diferentes. Sala de aula universitária e sala de aula secundária ou primária são espaços significativamente diversos, para públicos diversos, com demandas absolutamente alheias. Ainda que muitos docentes, especialmente universitários, sejam os convidados, pelas autoridades políticas, a comandar as secretarias municipais e estaduais de Educação. Quem nunca atuou especificamente no ensino primário e/ou secundário dificilmente faz um bom trabalho nesse campo. Isso contribui também, com força, para os nossos sofríveis resultados de aprendizado.
Fica claro que a formação continuada, permanente, é imprescindível, os Sistemas Educacionais tem de oferecer também estudo e pesquisa, necessários sempre. Isso implica em investimento em condições de atuação e equipamentos de Educação, destacadamente a Pública. Coisa que, também, pouco se vê. E vamos constatando, amplamente, a falta de boa Gestão Educacional. Nem no estado de S. Paulo isso muda. Temos aqui pouquíssimos investimentos na área, de curto, médio e longo prazo, o que demonstra absoluta falta de Planejamento, sem pontos definidos a serem alcançados. Cada governo inventa as suas medidas, até em menos de quatro anos de administração. E a sociedade nem sabe disso, nem respeita.
Vejo a coragem, e sofrimento, dos Docentes, Coordenadores, Diretores, Supervisores, quase sempre largados ou submetidos aos “chefes”. Pouco se trabalha em Equipe e Liderança. Já devíamos dispor neste momento de uma proposta de Plano Pós-Pandemia, com destaque ao Projeto Educacional, superando deficiências de internet para tantos alunos e preparação dos Educadores para este novo papel, como da formação ampla dos alunos, em todos os níveis.
Coragem, gente forte! Um dia vai se aprender algo que transforme e melhore o mundo, as pessoas.
Minha homenagem, Professores!