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Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
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Coluna

O que se agregou?

02 abril 2022 - 05h00

Iniciando mais um mês, me veio a pergunta de uma amigo: o que a pandemia nesses dois anos agregou a você?
Minha resposta na ocasião foi de que tinha tido uma baita redução da atividade física “agregando” uma barriga poderosa. Rimos, mas talvez não fosse o caso de risada. E aí fui levado a fazer a mesma questão a outros amigos. Uma constante nas respostas foi a questão emocional. A maioria se sentia afetada em sua mente. Sentiam-se incomodados pelos tantos momentos de ansiedade, de estresse, de depressão. Então voltei a questão sobre a minha pessoa. E me pus a refletir. Certamente me sentia, de algum modo, estressado, construiu-se em mim também o cansaço dessa inoperância do isolamento. E mandei um monte de Zaps para conhecidos sobre isso. Caramba! Muitos também achavam que tinham acrescentado seu tanto de estresse. Sentiam a tal da ansiedade como uma ameaça, uma vontade de fazer algo diferente e não faziam, o que lhes cansava, incômodo.
Eu e uns outros fomos trocando ideias. Junto com mais uns poucos, ex-professores, intelectuais, estudiosos, leitores contumazes, constatávamos que fazíamos nossos estudos, mesmo sem tantas divulgações disso. Mas buscávamos propostas para o que se deveria, ou se poderia, fazer após pandemia. Todos achávamos que devíamos contribuir de algum modo para o bem do nosso mundo. Sabíamos que nossa Educação já estava a beira da falência antes da pandemia. Já sabíamos que levaríamos uns quatro ou cinco anos para recuperarmos a brutal queda da qualidade, se houvesse essa vontade. Mas, com a pandemia assumíamos a consciência de que precisaríamos de bem uma dezena de anos pa ra a recuperação. O buraco havia aumentado. Especialmente em São Paulo, onde o problema se exibe dramático. Fiz meus estudos sobre essa impiedosa exclusão social, acrescentada à hiperdesvalorização dos docentes, que já expus em palestras.
Gostei de alguns conhecidos que se lançaram nas Artes Plásticas e no Artesanato, assumindo técnicas. Um deles se lançou na Gastronomia, estava adorando. Uns até pretendem se lançar em ganhos econômicos. Por que não?
Sim, ainda faço umas palestras, mesmo poucas. Mesmo gratuitas e até pela internet. Depois passei a ir a umas instituições. Temos de possibilitar contribuições, o nosso mundo precisa do bem que tantos de nós podem contribuir.
Gostei de ver que muitos conhecidos assumiram animais de estimação. Nós mesmo aqui em casa ganhamos a Pipoca, que adora um carinho. Tínhamos perdido a querida Mel, idosa e doentinha se foi. Os bichinhos nos completam. E sempre acrescentam outras atividades. E exemplos positivos acabam se alargando. Esses dias uma amigo reclamou que muitos espaços de lazer e turismo, como pousadas e colônias de férias, não aceitam pets. Triste isso. Uma restrição negativa, não contribui para o bem. 
Esse necessário caminho para o bem de mais gente está a nossa frente. Temos de tentar fornecer a nossa parte. O mal por todo este tempo é enorme. Uma guerra a mais também nos afeta. Mas repassar um sorriso é bom demais. Agregue a sua parte no bem.