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Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
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Coluna

O Tempo, ah, que Tempo...

28 novembro 2020 - 05h00
O fato é que não queremos pensar no tempo. Como se ele, de algum modo, nos consumisse. Na realidade nós mesmos é que o gastamos sem pensarmos melhor. Mas, pudera, também se aprende a gastar menos o tal de tempo que nos vem.
Claro que sabemos que os tempos, hoje, como antes, são estranhos. Então por que vê-los como “ameaçadores”, no modo que me disse alguém? Será mesmo? Ou somos nós que nos colocamos em posições complicadas? Os tempos que enfrentamos, como sempre, nos oferecem alternativas. As escolhas são nossas.
O tempo está aí, a nossa frente, ante nós. Somos nós que decidimos se vamos viver o presente ou esperar o futuro chegar. Por outro lado, se vivermos só o presente, sem maior atenção ao que se nos oferece, podemos deixar de perceber tudo o que nos rodeia. Podemos nos alienar da vida, sem qualquer consciência efetiva do presente. Ainda que isso não seja concretamente o melhor a fazer, o melhor que venhamos a sentir com o correr dos instantes.
Todos nós já recebemos conselhos do tipo: “viva o presente com paixão, é tudo o que verdadeiramente importa”. Contudo, também já ouvimos os que nos aconselham a planejar: “cuidado, pense no futuro!” O fato é que um ou outro tem lá as suas limitações.
Todos nós já ouvimos gente nos indicar que devemos viver o agora, em sua plenitude. Tanta gente nos dizendo, “gaste o que tem agora, quem saberá o que vem depois?” Já vimos muita gente economizando por toda a vida para uma situação no futuro. E tantos acabam morrendo sem nunca conseguir usar o que acumularam.
Também sabemos de gente que consumiu tudo o que amealhou e, esquecido do futuro, veio a atingi-lo de modo desprotegido, acabando por vivenciá-lo descuidadamente.
Porém, viver o seu tempo não é gastá-lo, ou desgastá-lo, tão somente. É viver a vida que se nos oferece em sua possível plenitude, senti-la no equilíbrio que ela nos solicita. É reconhecê-la em seus instantes de alegria, de tristeza, de tranquilidade, de paz que podemos perceber no seu percorrer. 
Os filósofos pelo correr da história já nos indicaram caminhos, os mais diversos, claro, sempre com a garantia de serem os mais acertados. Temos escolhas, portanto. Podemos ser os criadores das nossas próprias filosofias e oferecermos os nossos juízos para que sejam apreciados, ou não, por outros. Cabe a nós fazemos as nossas escolhas. Cabe a nós as nossas responsabilidades. Cabe a nós assumirmos tudo o que fizermos.
As escolhas nos são oferecidas dentro do tempo. Nem sempre as percebemos, o que nos coloca em situação, por vezes, de risco, com certeza. E o que temos a nossa frente, se agora nos surge como obscuro, pode ser somente uma interpretação. Quem sabe com um pouquinho mais de atenção, vamos perceber que temos o poder da escolha do que virá.
Enfim, o que temos mesmo é de fazermos o que, responsavelmente sintamos, saibamos, ser o melhor para nós e para os outros. Não vivemos sozinhos, o que fazemos afeta, de algum modo, os demais. Usemos o nosso tempo, cientes de que queremos o melhor para todos.