sexta 19 de abril de 2024Logo Rede DS Comunicação

Assine o Jornal impresso + Digital por menos de R$ 34,90 por mês, no plano anual.

Ler JornalAssine
Jornal Diário de Suzano - 19/04/2024
Envie seu vídeo(11) 4745-6900
Coluna

Olá, Meus Muito Caros Amigos Leitores

21 fevereiro 2020 - 23h59
Volta e meia me perguntam se demoro muito para escrever minhas crônicas. Se já sei o tema, vai uma maia-hora. Senão, vai até uma hora. E vou começando. E continuo.
Quando escrevi a data desta crônica, prevista para o sábado, 22.02.2020, dei-me conta de quantos dois a data implicava. Lembrei de outro dia, a segunda-feira 02.02.2020, que aliás se pode ler de traz para a frente também. E a gente se dá conta das armações dos registros que nos aparecem na vida. Especialmente agora, quando a digitalização ocupa um espaço muito amplo (segundo um amigo: demasiado amplo!). 
Há pouco, uns amigos me incluíram num grupo do Drive. Nem sabia o que era isso. Fiquei meio preocupado inicialmente. Me passaram o link etc. Segui os roteiros ensinados e tudo funcionou. Pois é, a coisa anda, mesmo com a gente. Digo "a gente" de outros tempos. Claro, o novo também se aprende. É só enfrentar.
Em 1975, ao fazer um Mestrado, em Linguística, na minha postura racionalista, que já era cientificamente Estruturalista, coloquei um livro de poesias no computador. Já havia gente contra o Estruturalismo. Queria saber, matematicamente, a construção da obra, quais palavras gramaticais o Autor havia usado, quantas havia repetido, coisas assim. Naquele tempo tínhamos de perfurar os cartões com todas as palavras a serem gravadas no computador. E depois o aparelho lia todos os cartões e salvava em grandes rolos de fitas. 
Na época os computadores ficavam numa sala enorme. Com aparelhos de ar condicionado ligados. No aparelho da Universidade a gente podia para usá-lo na hora em que fosse definido. Tinha gente chamada de madrugada. Tive mais sorte.
Muita gente, então, achou estranho o meu trabalho ser cheio de tabelas e gráficos, especialmente em se tratando de um livro de poesias. Estudei o livro "Ostinato Rigore" (Obstinado Rigor), do poeta português Eugénio de Andrade, hoje falecido. O título se referia ao lema de Leonardo Da Vince, já meu ídolo. Como falar de um Artista-Cientista sem Rigor, sem rigor obstinado? Emoção e razão? Um livro escrito com só 300 palavras. Arte!
Hoje, sei que tudo podemos aprender. E tenho muito a ir passando para vocês, meus leitores. 
Enquanto escrevo aqui recebi um telefonema: neste mês de Fevereiro entre os dias 18 e 20, teremos (tivemos) os planetas Marte, Júpiter e Saturno se alinhando com a Lua. E o fenômeno daria para ser visto, sem telescópio - um simples binóculo resolvia - antes do nascer do Sol. Claro, se não chovesse, se as nuvens não cobrissem o céu. Pena, mas não deu para lhes avisar antes, mas registro.
Pensei em lhes lembrar do abandono, que é sacrifício, dos Professores pelas Autoridades Governamentais. Bah, seguindo adiante...
E como Educador, mesmo Aposentado (largado!), lembro que nestes tempos de Tecnologia, temos de garantir às nossas crianças e jovens, o aprendizado de música, instrumental ou não, especialmente a Clássica, chamada também de Erudita. Eles crescem tanto mais e tão rápido. 
Pois é, Leitores, aí vem o Carnaval...