Recebi um presentão, de aniversário, do querido amigo e parceiro, grande criador da fotografia, Carlos Magno Rodrigues, o livro “Retratos de Mogi”, uma edição bem construída de fotografias de variadas situações de Mogi das Cruzes. Como autor do meu “Retratos de Suzano”, sei da importância da expressão para designar facetas diferenciadas que possam expressar a construção pelo tempo de uma comunidade, mais ainda com alta carga histórica, como se faz aqui. E o Carlos Magno, Artista respeitado, com quem trabalho há muitos anos, participa com outros nove fotógrafos desse trabalho de um modo muito especial, envolvente.
A qualidade das fotos escolhidas é excelente, inegavelmente, sobre temas bem variados. Cada fotógrafo, a seu modo e arte, teve escolhidas obras voltadas para a temática da cidade de Mogi das Cruzes em uma dezena de áreas, Recursos Naturais; Agricultura; Metrópole; Sua Gente, Ser Mogiano; Culinária; Religiosidade; Lazer, Aventura; Arte, Cultura; Equipamentos Culturais e Atrativo Turístico. Os dez fotógrafos são: Beatriz Ataidio, Carlos Magno, Derli Melo, Ederson Fungaro, Esio Takahashi, Fabio Barbeiro, Guilherme Silva, Lailson Santos, Lethicia Galo e Pedro Chavedar.
Um trabalho grande, publicação em tamanho de 23 X 31 cm, em capa dura, com 288 páginas, pela Capella Editorial, em 2020, edição produzida por Daniel Pereira também com Ederson Fungaro. Conta com textos vertidos em inglês, com tradução de Renata Ramos Rodrigues.
Destaca-se o texto do poeta e historiador, o querido amigo de nossa juventude, Mario Sergio de Moraes, “Um Dia na Vida de um Mogipones”, encantador e sensível a discorrer, tratando suavemente da mistura que somos e como fazemos a nossa cidade de Mogi.
A edição contou com o apoio de bons patrocinadores privados como públicos, por meio igualmente de programas oficiais. As formas editoriais são escolhas, portanto sempre sujeitas a interpretações diversas, assim, essa também recebeu considerações, a serem refletidas.
Mogi das Cruzes ainda tem sua origem questionada, não apenas por suas datas como por seus supostos fundadores. Como historiador sei bem disso. Mas a obra em destaque não pretende oferecer tais interrogações, mas propor reflexões atualizadas sobre a formação cultural. Isso se depreende facilmente pelo mostra artística do “Prefácio” proposto por Mario Sergio. E como eu mesmo já o disse, Cultura não se nasce sabendo, aprende-se se nos é oferecida a oportunidade de recebê-la. E como há anos defendo, o ensino da História Local deveria ser obrigatório em cada Vila, em cada Cidade. Assim, toda criança poderia assumir as suas condições originais de formação, reduzindo o vandalismo.
A Fotografia é uma Arte muito especial e como toda Arte propõe interpretações. Assim, a escolha desse material sobre Mogi das Cruzes, que é lindo em sua qualidade, é básico também para criarmos não só visões estéticas dela, mas um entendimento mais largo sobre a nossa gente, sobre a gente que molda a Cidade pela sua expressão.
Amor, Conhecimento e Arte!