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Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
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Coluna

Um Recálculo

26 junho 2020 - 23h59
Um economista americano na TV comentava dados de pesquisa que indicavam a necessidade de um novo planejamento para o desenvolvimento mais rápido da Economia pós-pandemia. Observava que eram as famílias de classe social melhor que mais economizam neste período de paralização. A meu ver, isso indica sua melhor formação educacional. E também porque possuem mais para guardar. As classes pobres tendem a gastar mais o que dispõem e rapidamente completar a dispensa. O que também é prevenção. Recursos menores, menos sobra.
A ajuda governamental americana é de 1.200 dólares e contribui bem na Economia, somado ao seguro desemprego. Queda econômica alta, mas menos brutal. Também constatam que o desemprego é maior nos bairros socialmente melhores, nos prestadores de serviço, como restaurantes, que desempregam mais gente que não reside ali. Bairros pobres empregam menos e desempregam menos. Talvez bata com o Brasil.
Esses dados indicam que, com escolas sem presença esse tempo, só no ensino a distância, a grande maioria dos alunos teve uma forte queda no aproveitamento, especialmente em Matemática, em todas as classes sociais. Mas se sabe, crianças e adolescentes das classe sociais mais poderosas podem recuperar a perda bem mais rapidamente. E as classes pobres ficarão mais desarmadas para alcançarem empregos após esse mal.
Então, é fundamental rever o planejamento da gestão pública pós-pandemia. Revela-se imprescindível o investimento em Educação até para atender a demanda que vai se mostrar após. Senão, faltará mão-de-obra qualificada ante as novas necessidades e condições, que já se mostram exigentes e urgentes também aqui.
Ante tais constatações, exibe-se a necessidade imprescindível de Planejamento Sócio-Econômico frente o que nos virá. O Agronegócio brasileiro mostra-se poderoso para continuar o polo de sustentação da Economia Nacional, se não houver uma segunda onda do mal na China (que parece vir do Exterior), que pode nos bloquear. E o nosso desenvolvimento agrícola exige o necessário crescimento da formação do nosso pessoal, seja técnico, seja tecnológico. E sabemos que alargar tais parâmetros compreende uma Educação mais ampla quantitativa e qualitativamente. O que não dispomos neste momento, nem mesmo se exibe como necessidade identificada.
Ao mesmo tempo nossa Indústria e Serviços estão bem imobilizados, sem mostrarem expectativas ou perspectivas adiante, nem de compra interna nem de exportação. Sendo a nossa Educação, pelos índices comparativos mundiais mais recentes, uma das últimas classificadas, precisaríamos de investimentos muito fortes na área, coisa que nunca se vislumbrou antes.
Teríamos de repensar em Formação mais Profissionalizante, como também rever a formação de todo o Magistério e sua Gestão. Já fiz propostas nesses termos em estudos e teses acadêmicas e sei que não poderíamos ficar em proposta de Planos de Governo (que mudam a cada eleição), mas de Planos de Estado (que permaneçam ante as necessidades da Nação).
Quem vai agir assim? Estou pronto. Quem mais?
E o governo do Estado define o retorna das aulas sem conversar com gente do ramo.