Muitas vezes sentimos medo diante das lutas da vida. Nesse contexto de COVID-19 o medo sobreveio a muita gente, por motivos diferentes. A eleição de Donald Trump, em 2016, deixou muita gente abalada. Na época houve manifestações nas redes sociais de grande preocupação com o futuro dos Estados Unidos e do mundo, de forma geral. Agora, novamente, o mundo fica agitado e temeroso, aguardando com expectativa, o resultado das eleições americanas e os seus possíveis desdobramentos. Sentir medo em certo grau é positivo, quando isso nos previne do perigo. Todavia, é ruim se nos leva a um estado de preocupação, estagnação, ansiedade e falta de fé. Muita gente não viaja de avião, porque tem medo; muita gente não dirige carros em razão do medo. O medo não pode nos imobilizar no sentido de nos impedir de fazer o que precisamos fazer. A fé nos faz vencer o medo. Em Deuteronômio 1:30, lemos - "O Senhor, o seu Deus, que está indo à frente de vocês, lutará por vocês, diante dos seus próprios olhos, como fez no Egito". Neste texto, Moisés estava relembrando aos israelitas a trajetória percorrida até chegarem à Terra Prometida. Deus tirou o povo hebreu do Egito de forma milagrosa, cuidando deles durante a longa travessia pelo deserto. Moisés relembra um episódio que ocorreu no início da jornada, quando estavam perto de Canaã. Foram enviados espiões à terra de Canaã, os quais voltaram dizendo que a terra era muito boa, mas que havia barreiras que estavam diante deles para conquistá-la. Havia lá homens que pareciam gigantes, de modo que o desafio era impossível de ser encarado. Assim pensava a maioria dos espias.
O povo não tinha motivos para temer, pois Deus já havia garantido a vitória; deviam confiar que Deus iria à frente e lutaria por eles. As circunstâncias eram adversas, porém o mesmo Deus que os livrara dos egípcios haveria de conduzi-los à Terra da Promessa. Mas o povo se abalou diante das notícias. Um estado de loucura se apoderou deles. O que fizeram? Rebelaram-se. O medo não pode justificar a desobediência a Deus. O povo ficou em suas tendas, queixando-se da situação, dos líderes, do próprio Deus. Esqueceram-se de tudo o que haviam presenciado e de que Deus sempre os acompanhou até ali e continuaria acompanhando, pois é fiel em suas promessas. Na hora do aperto, não quiseram crer. Crer é uma decisão que tomamos a cada dia.
Quando as coisas não vão bem, quando chegam as más notícias, precisamos trazer à memória tudo aquilo que Deus já fez por nós, e que Ele não nos deixará desamparados. "Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça". (Isaías 41:10) Também devemos lembrar que na união dos irmãos Deus ordena a Sua bênção. Muitas vezes ficamos pelos cantos, nas "tendas", isolados, reclamando da situação, em vez de irmos à luta. Por último, é importante pensarmos nas grandes oportunidades que perdemos por medo de encararmos novos desafios. Precisamos enfrentar os medos e superá-los com a ajuda do próprio Deus. De forma alguma, o medo deve superar a nossa confiança em Deus!