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Jornal Diário de Suzano - 16/04/2024
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Coluna

Amor que transforma

24 outubro 2021 - 05h00

A igreja de Corinto estava com problemas em relação ao uso dos dons dados pelo Espírito Santo. No capítulo 12 da epístola aos Coríntios, Paulo ensina e orienta sobre o assunto, mostrando também a eles a importância da unidade do corpo de Cristo; nesse caso, a igreja, em que todas as partes que compõem esse "corpo" são igualmente importantes para que ele funcione bem. Para concluir o ensino sobre o uso dos dons, Paulo passa a mostrar em I Coríntios 13 o caminho mais excelente, o melhor de todos, que é o caminho do amor. Aprendemos a amar. Quanto mais conhecermos e vivenciarmos o amor de Deus, o amor que foi derramado em nós pelo Espírito Santo, quando recebemos de coração aberto e arrependido a salvação por meio de Jesus Cristo, mais seremos capazes de amar. Podemos amar, porque somos amados por Deus. O amor humano por si só é limitado, movido por algum interesse e pela necessidade de reciprocidade. Mas Jesus veio-nos ensinar a amar de forma incondicional, abnegada e altruísta. Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro. E de forma prática. O amor de Jesus foi manifestado por atos, atitudes de amor verdadeiro. É um amor tão grande que chega a nos constranger, porque não somos merecedores de tão grandioso e maravilhoso amor! É o único amor que nos preenche e satisfaz plenamente. O amor de Jesus foi de renúncia e entrega. Esse amor, do qual o próprio apóstolo Paulo foi alvo, o inspira a escrever sobre os princípios elevados do amor. Podemos falar as línguas dos homens e dos anjos, conhecer todos os mistérios e toda a ciência, ter uma fé que transporte montes, distribuir o que temos para os pobres ... Se a motivação para tudo isso não for amor, de nada adiantará. "O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal. Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha". (I Coríntios 13:4-8) 
Mais do que um sentimento romântico, mais do que um ato de fraternidade, o amor é um sentimento que se manifesta em ações concretas que alcançam o coração do outro. Isso significa que tudo o que fazemos pelas pessoas só fará sentido se nós as amarmos, sem qualquer outro interesse além do amor puro e genuíno que visa ao bem-estar, à promoção, à elevação daquele que é amado. O apóstolo João, conhecido como o apóstolo do amor, diz em sua epístola - "Filhinhos, deixemos de dizer apenas que amamos as pessoas; vamos amá-las realmente e mostrar isso pelas nossas ações!". (I João 3:18) E é o mesmo apóstolo João que diz - "Aquele que não ama, não conhece a Deus; porque Deus é amor". (I João 4:8) Amar é se importar com o outro verdadeiramente. O amor pode ser visto, ou não, em todas as nossas relações. O marido que ama verdadeiramente a sua esposa não vai maltratá-la de nenhuma forma; os pais que amam verdadeiramente os seus filhos vão cuidar bem deles, vão suprir as suas necessidades, vão ensiná-los, vão gastar tempo de qualidade com eles, vão educá-los para que sejam pessoas de bem; um pastor que ama de verdade vai-se preocupar com o bem-estar de suas ovelhas, vai zelar por elas, vai ensiná-las, vai ajudá-las a crescer espiritualmente; enfim, tudo isso exige o melhor de cada um de nós. Mostremos amor para com as pessoas! Já vivemos em um mundo com tantas formas de violência! O mundo precisa de amor! Mas o mundo é tão extenso! Então, comecemos com aqueles que estão ao nosso lado! Na vida familiar as manifestações de amor e carinho ajudam a vencer as dificuldades que vêm a todos nós. Nós podemos melhorar a nossa forma de amar, de expressar amor. Isso vai desde ouvir com atenção o outro, orar pelo outro, dispor-se a ajudar, elogiar, dar um abraço, quando pudermos novamente... Há alguns anos ouvi o testemunho de uma senhora que vivia na Cracolândia, em São Paulo, a qual era conhecida como "a bruxa da Cracolândia" tal era o seu estado deplorável. Certo dia, porém, uma jovem, que fazia parte do projeto "Cristolândia", da Junta de Missões Nacionais da Igreja Batista, ao encontrá-la, disse: "Posso dar um abraço na senhora?" E ela aceitou aquele abraço, que desencadeou um processo de libertação, salvação em Cristo e mudança de vida. Hoje em dia, Sílvia Regina, que vivia jogada nas ruas do Centro de São Paulo, faz parte desse trabalho missionário, levando pessoas que se encontram na drogadição a uma nova vida em Cristo! O tempo para amar é agora! A marca do cristão é o amor, amor que transforma!