Nessa semana celebramos duas datas importantes que, a meu ver, têm relação entre si - o Dia das Crianças e o Dia dos Professores. Sabemos que os primeiros professores de uma criança são os pais. Infelizmente, na atualidade, não vemos tantos pais dispostos e preparados para essa árdua missão. Educar é uma tarefa desafiadora. A maioria dos pais hoje em dia não dispõe de tempo para investir na educação dos filhos. Muitas crianças vão crescendo "sendo educadas" pela televisão, pelas mídias sociais, pelas ruas, pela escola, por algum familiar que se dispõe a tal tarefa porque é a pessoa com mais disponibilidade para fazer isso, ou por babás. Nesse "processo educativo" nem sempre tudo corre bem. É verdade que, muitas vezes, os pais fazem o melhor que podem, e as coisas não dão certo. Vamos pegar a história do filho pródigo, que está no Novo Testamento, em Lucas 15:11-32. O pai dessa história me parece um pai amoroso, responsável, cuidadoso, não manipulador, respeitador da liberdade do filho de fazer as suas escolhas; e não é que aquele filho fez más escolhas? Mas esse filho perdido, depois de muito errar, tomou a decisão mais acertada de sua vida - resolveu voltar para a casa de seu pai, que o recebeu com muita alegria. Esse pai é uma representação do próprio Deus. Ele sempre nos ama. Mesmo quando nos corrige, a sua motivação é sempre amor. Sendo assim, não julguemos os pais pelas escolhas erradas de seus filhos, quando eles já têm capacidade de decidir. Digo isso, porque os pais, em geral, se culpam, quando os filhos se metem em encrencas. Também não desistamos de nossos filhos, mesmo que eles estejam percorrendo caminhos tortuosos. O pai do filho pródigo sempre esperou a volta do filho amado.
Logo, nos primeiros anos de vida, as crianças observam atentamente as mensagens que estão sendo transmitidas; principalmente, através do exemplo. Há que se ter coerência entre o que se fala e o que se faz! Em Provérbios 22:6, lemos: "Ensina a criança no caminho em que deve andar e, ainda quando for velho, não se desviará dele". Aos pais foi dada a missão de ensinar os filhos. É no lar onde adquirimos as primeiras impressões e visões de mundo. Quando Paulo se reporta a Timóteo, em II Timóteo 1:5, ele usa as seguintes palavras: "Lembro da sua fé sincera, a mesma fé que a sua avó, Loide, e Eunice, a sua mãe, tinham". Paulo estava escrevendo para Timóteo, que era um jovem pastor, afirmando: "Essa fé sem fingimento está em sua vida, Timóteo!". "Eu vi na vovó, Lóide, que era sábia e justa, que passou esses valores para a filha, Eunice, e, agora, vejo em você, Timóteo!" É maravilhoso pensarmos que essas sementes de fé, de vida, alcançaram o coração de Timóteo e deram bons frutos. Essas mulheres foram uma influência muito positiva para ele. Agora, Paulo via tudo isso em Timóteo. E, Paulo continua: "E, desde menino, você conhece as Escrituras Sagradas, as quais lhe podem dar a sabedoria que leva à salvação, por meio da fé em Cristo Jesus". (II Timóteo 3:15) Nós temos que ensinar os filhos lá no comecinho da vida. Paulo está dizendo: "Timóteo, desde bebê, desde criança, você foi ensinado, educado, no caminho de Jesus. Logo que você começou a entender, a sua avó e a sua mãe, Eunice, diziam: "O Senhor é o meu pastor." E você respondia: "De nada terei falta". Nos momentos difíceis da vida, você não as viu murmurar, reclamar; em vez disso, observava que elas levavam tudo a Deus em oração. É por tudo isso que você, Timóteo, é um pastor tão especial. A mãe de Timóteo, Eunice, mesmo sem o apoio do marido, deu uma sólida formação cristã ao filho, que escolheu não apenas ser um cristão como também um ministro cristão. Certamente, ensinar os filhos exige tempo, paciência, disposição, preparação, correção, oração. É um processo! O sacrifício é grande, mas sempre valerá a pena!