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Jornal Diário de Suzano - 19/04/2024
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Coluna

Freio na língua

08 fevereiro 2020 - 23h59
Muito se tem falado sobre o poder das palavras. Um dia desses ouvi uma história interessante. Uma filha, agora já uma senhora, contou-me que a mãe morrera cedo, deixando os filhos pequenos. E ela, com 9 anos, teve que cuidar dos irmãos pequenos para que o pai pudesse trabalhar. Mas aquela mãe, um dia, quando ainda estava viva, proferiu uma palavra sábia na vida daquela menina - "Deus te dê muito juízo, minha filha". Essas palavras marcaram a vida daquela criança pela vida afora. Palavras têm poder. Palavras influenciam pessoas; palavras podem construir ou destruir uma vida, um futuro, um destino. Todavia, as pessoas continuam "tropeçando" nas palavras. Dizem palavras negativas sobre os outros, ou sobre si mesmas. Isso mostra que ainda não conhecem a sua verdadeira identidade em Cristo Jesus. Uma situação pode ser muito difícil; no entanto, a nossa "confissão" pode ser um diferencial para enfrentá-la. Na trajetória do povo hebreu pelo deserto, rumo à Terra Prometida, houve muitas situações de murmuração e pessimismo. No relatório trazido pelos espias a Moisés havia indicativos de uma terra excelente e próspera. Dos doze espias enviados, dez tinham palavras muito negativas sobre a conquista da terra. "Não podemos atacar aquele povo; é mais forte do que nós". E espalharam entre os israelitas um relatório negativo acerca daquela terra. Disseram: "A terra para a qual fomos em missão de reconhecimento devora os que nela vivem. Todos os que vimos são de grande estatura. Vimos também os gigantes, os descendentes de Enaque, diante de quem parecíamos gafanhotos, a nós e a eles". (Números 13:31-33) 
Portadores de más notícias foram os dez espias. E, como se não fosse suficiente essa postura, disseminaram o relatório negativo, pessimista, entre o povo, o que causou revolta, levando o povo a se insurgir contra a liderança de Moisés e Arão. Que momentos difíceis! Houve a contaminação pela palavra. Muitos não se contentam em "pensar" ou "falar" coisas negativas. Eles ainda espalham as maledicências. Falam mal, difamam, caluniam, maculam a imagem... Como conter uma multidão em total desequilíbrio espiritual, emocional, visto que fora "contaminada" por palavras de impossibilidade, medo, desconfiança, incredulidade?! As palavras de Calebe foram: "Subamos e tomemos posse da terra. É certo que venceremos!" (v.30) Palavras positivas! Mas o povo não quis ouvir essas palavras! 
A epístola de Tiago fala sobre dominar a língua - "Todos tropeçamos de muitas maneiras. Se alguém não tropeça no falar, tal homem é perfeito, sendo também capaz de dominar todo o seu corpo". "Quando colocamos freios na boca dos cavalos para que eles nos obedeçam, podemos controlar o animal todo". (Tiago 3:2-3) O que acontece conosco? Será que nos momentos de ira ou descontrole emocional, quando as coisas não vão bem, liberamos palavras que ferem as pessoas ou produzem resultados desastrosos? Uma palavra pode levantar uma pessoa ou derrubá-la. Portanto, freio na boca! Não existe "boca flex". "Da mesma boca não pode sair bênção e maldição". "Da mesma fonte não pode sair água doce e amarga". (Tiago 3:10-12)